BOAS-VINDAS

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Brasil Império


A História do Brasil Imperial tem início em 7 de setembro de 1822 com a Proclamação de Independência do Brasil por D. Pedro I e término com a  Proclamação da República, ocorrida no Rio de Janeiro, em 15 de novembro de 1889. Durante esta época, o Brasil foi governado por dois imperadores: D.Pedro I (de 1822 até 1831) e D.Pedro II (de 1840 até 1889). Entre os anos de 1831 e 1840, o Brasil foi governado por regentes.
Bandeira do Brasil Império
 Principais fatos da História do Brasil Império (Cronologia)
   1822 - No dia 7 de setembro, D.Pedro I, às margens do riacho do Ipiranga em São Paulo, proclama a Independência do Brasil. Início do Brasil Monárquico.
   1822 - No Rio de Janeiro, em 12 de outubro, D.Pedro I é aclamado imperador do Brasil.
   1824 - No dia 25 de março, D.Pedro I outorga a Primeira Constituição Brasileira.
  · 1824 - O nome oficial do país muda de Brasil para Império do Brasil.
  · 1831 - Sofrendo pressões, D.pedro I abdica do trono do Brasil.
  · 1831 a 1840 - Período Regencial: Brasil é governado por regentes.
·   1835 - 1845 - Ocorre a Revolução Farroupilha (Guerra dos Farrapos) no sul do país.
·   1834- Morte de D.Pedro I.
·   1835 - Revolta dos Malês no estado da Bahia.
·   1835-1840 - Cabanagem: revolta popular ocorrida na província do Pará.
·   1837-1838 - Sabinada - revolta regencial ocorrida na Bahia.
·   1838-1841 - Balaiada - revolta popular ocorrida no interior da província do Maranhão.
·   1840 - Golpe da Maioridade: D.Pedro II assume o trono do Brasil com apenas 14 anos de idade.
·   1842 - Revolução Liberal na províncias de Minas Gerais e São Paulo.
·   1847 - É instituído o parlamentarismo no Brasil.
·  1848-1850 - Revolução Praieira, de caráter liberal e federalista, ocorrida na província de Pernambuco.
·   1850 - Lei Eusébio de Queiróz que proibia o tráfico de escravos.
·  1854 - O empresário Barão de Mauá, em 30 de abril, inaugura a primeira ferrovia brasileira.
·   1865-1870 - Ocorre a Guerra do Paraguai: Brasil, Argentina e Uruguai contra o Paraguai.
·   1870 - Lançamento do Manifesto Republicano.
·   1871 - Promulgada a Lei do Ventre Livre.
·   1872 - Fundação do Partido Republicano.
·  1882 - A borracha ganha importância no mercado internacional e o Brasil torna-se um grande produtor e exportador.
·  1885 - Lei dos Sexagenários: liberdade aos escravos com mais de sessenta anos.
·  1874 - Chegam em São Paulo os primeiro imigrantes italianos (início da fase de imigração).
·  1888 - No dia 13 de maio, a Princesa Isabel assina a Lei Áurea, acabando com a escravidão no país.
·  1889 - Em 15 de novembro, na cidade do Rio de Janeiro, sob o comando do Marechal Deodoro da Fonseca, ocorre a Proclamação da República (fim do Brasil Império).

 Com a criação do Império do Brasil, o nome do país foi mudado. Abaixo, uma lista com nomes que o Brasil já possuiu.

NOMES DO BRASIL
- Pindorama : nome de nossa terra atribuído por algumas tribos indígenas. Em tupi-guarani significa terra das palmeiras. Esse nome foi mais usado no período anterior à chegada dos portugueses ao Brasil (1500).
- Terra de Vera Cruz (de 1500 a 1501): nome provisório de referência cristã.
- Terra de Santa Cruz (de 1501 a 1503): nome provisório de referência cristã.
- Brasil (de 1503 a 1824): nome dado pelos portugueses em função da grande quantidade de árvores de pau-brasil existentes na região do litoral brasileiro. A palavra Brasil deriva de brasa, pois esta árvore possui uma seiva avermelhada, cor de brasa.
- Império do Brasil (1824 a 1891): após a Independência do Brasil (1822), D.Pedro I ordenou a elaboração de uma nova constituição. Nesta, promulgada em 1824, ficou definido o novo nome do país, fazendo referência ao sistema imperial de governo.
- Estados Unidos do Brasil (1891 a 1969): com a Proclamação da República, o nome de nosso país mudou novamente, pois era necessário retirar a referência aos sistema monárquico. A expressão "Estados Unidos" reforçava a unidade territorial e o sistema federativo.
- República Federativa do Brasil (1969 até os dias de hoje): o nome do país foi alterado na Constituição de 1969, reforçando assim o termo que faz referência ao sistema republicano.




Em outubro de 1822 D.Pedro foi aclamado imperador, depois de tornar o Brasil independente de Portugal. Ainda no mesmo ano aconteceu a coroação na Capela Imperial. Todos esses fatos históricos ocorreram com a presença de uma multidão e com festas nas ruas. O imperador era um homem popular.

AS LUTAS PELA INDEPENDÊNCIA
Mesmo a independência sendo proclamada por D.Pedro em São Paulo, em algumas regiões do país houve resistência das tropas portuguesas, o que levou a alguns combates. Em várias províncias brasileiras, como Bahia, Piauí, Grão-Pará, Maranhão, o povo pegou em armas para combater militares fiéis a Portugal.
BAHIA
Na Bahia, depois de vários combates, batalhões populares vindos do interior da província cercaram as tropas portuguesas que estavam em Salvador. Vendo-se sem alimentos, os soldados portugueses tentaram furar o cerco, mas foram derrotados na Batalha do Pirajá. Depois, navios ingleses a serviço de D.Pedro I bloquearam Salvador e os forçaram a deixar o Brasil, em 2 de julho de 1823.
PIAUÍ
A Batalha do Jenipapo foi decisiva para adesão do Piauí à independência do Brasil. Ocorreu na cidade de Campo Maior, depois que as tropas portuguesas lideradas por Fidié retornavam de Parnaíba rumo a Oeiras.
A expectativa do avanço das tropas portuguesas rumo à Campo Maior implicou numa mobilização sem precedentes da população local para formação de tropas para o combate, agregando-se grupos de vaqueiros e roceiros armados com os instrumentos disponíveis, como: facões, machados, foices, espetos, espingardas, paus e pedras. Enquanto as tropas inimigas eram bem armadas, municiadas, disciplinadas e organizadas sob o comando de experientes militares.

O grande confronto se deu no dia 3 de março de 1823, nas proximidades do rio Jenipapo. Cerca de 2500 piauienses e cearenses, sem adestramento militar, e debaixo de um sol abrasador num ano de estiagem arrasadora, enfrentaram as tropas portuguesas. Após 5 horas de intenso combate, as tropas locais contavam entre suas perdas 700 homens, entre mortos, feridos e prisioneiros de guerra. Do lado português, as perdas não chegaram a uma centena, porém haviam perdido boa parte da bagagem de guerra; o separatistas desviaram importantes equipamentos de guerra das tropas portuguesas.

Entretanto, a vitória lusitana era incontestável, ganharam uma batalha, mas a guerra estava longe de terminar, pois a ausência de recursos bélicos e a possibilidade de enfrentamento de outras batalhas, com a chegada de reforços de outras vilas e províncias, fez com que Fidié e suas tropas se deslocassem, em abril de 1823, para o Maranhão, província leal a Portugal. Porém, após o cerco de Caxias, pelas tropas separatistas, formadas por piauienses, cearenses e maranhenses, as tropas de Fidié se renderam, no final de julho de 1824.

O MARANHÃO e o GRÃO-PARÁ também foi obtida por meio de armas. São Luís, a capital provincial e tradicional reduto português, foi bloqueada por mar e ameaçada de bombardeio por uma esquadra sendo obrigada a aderir à Independência em 28 de julho de 1823. Da mesma forma ocorreu em Belém em 19 de agosto.

O RECONHECIMENTO DA INDEPENDÊNCIA
Estados Unidos – Reconheceu a independência do Brasil em 1824 baseado no que era defendido pelo presidente Monroe: “A América para os americanos”.
Portugal – Reconheceu em 1825 diante do pagamento de 2 milhões de libras esterlinas (moeda inglesa). O Brasil pediu um empréstimo a Inglaterra.
Inglaterra – reconheceu em 1827 diante da renovação do Tratado de Comércio e Navegação (onde a Inglaterra continuou a pagar apenas 15% de impostos nos portos brasileiros por mais uma década e meia).
ELABORANDO UMA CONSTITUIÇÃO
Em maio de 1823, deputados de várias províncias brasileiras, reuniram-se no Rio de Janeiro para elaborar um constituição. Foi aprovado um projeto que limitava  os poderes de D.Pedro I, proibindo-o de dissolver a Câmara dos Deputados. A reação do imperador foi mandar fechar a Assembleia e prender os deputados ali reunidos, dentre eles José Bonifácio e seu irmão Antônio Carlos. O fechamento da Assembleia causou enorme descontentamento em todo o país. Sem ligar para isso, Dom Pedro I nomeou dez pessoas de sua confiança para escrever uma Constituição no prazo de quarenta dias.

A PRIMEIRA CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA
Foi outorgada, e isso quer dizer que foi uma constituição imposta pelo governante;
Adotou a monarquia hereditária, ou seja, o poder era exercido por um soberano que passava o poder para o filho;
Criou quatro poderes:
Executivo – Exercido pelo imperador e seus ministros com sua função era administrar o país;
Legislativo – Exercido pelos deputados e senadores. Sua função era elaborar e aprovar as leis. O cargo de senador era vitalício (ou seja, durava a vida toda) e o de deputado durava quatro anos;
Judiciário – Exercido por tribunais e juízes. Sua função era julgar e aplicar as leis;
Moderador – Exercido exclusivamente pelo imperador, que podia dissolver a Câmara dos Deputados, convocar as Forças Armadas, presidentes de províncias, autoridades da Igreja Católica, senadores e juízes; enfim, tinha o direito de intervir em todos os outros poderes.
Estabeleceu o voto masculino e Censitário. Masculino por que somente os homens podiam votar e censitário por que somente quem tinha uma renda anual de 100 mil réis tinha esse direito. Ficaram de fora as mulheres, os escravizados, os libertos e muitos homens.

A CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR
O absolutismo  de D. Pedro I trouxe grande insatisfação à população e isso gerou protestos em Pernambuco, Paraíba e Ceará. Os jornais “Sentinela da Liberdade na Guarita de Pernambuco” de Cipriano Barata e o “Tífis Pernambuco” de Frei Caneca (ambos liberais) ajudaram ainda mais a preparar o espírito das pessoas para a revolução.
Além disso, uma crise econômica assolava o nordeste devido à queda nos preços externos do açúcar, do fumo, do algodão e dos altos impostos. Foi nesse clima tenso que D.Pedro I demitiu o presidente da província e os pernambucanos reagiram prontamente. Romperam com o Império e proclamaram uma república formando uma Junta Governista. Os pernambucanos receberam apoio de revolucionários de Alagoas, Paraíba, Rio Grande do norte e Ceará, recebendo o nome de Confederação do Equador.
Porém, a repressão ao movimento estava sendo preparada no Rio de Janeiro. Várias tropas foram enviadas para o Nordeste sob o comando do brigadeiro Francisco de Lima e Silva (forças terrestres) e de Lord Cochrane (forças navais).
Em setembro de 1824, as forças de Lima e Silva dominaram Recife e Olinda (principais centros de resistência), e dois meses depois foi a vez do Ceará.
As penas impostas aos revoltosos foram severas e D. Pedro não atendeu aos pedidos para que elas fossem mudadas. Frei Caneca foi condenado à forca, contudo, acabou sendo fuzilado, diante da recusa do carrasco em executar a sentença. Muitos companheiros de Caneca receberam a mesma condenação, outros tiveram mais sorte e conseguiram fugir.
Mesmo com o fim da Confederação do Equador, a insatisfação contra o absolutismo do Imperador continuava e crescia cada vez mais.

IMPOPULARIDADE EM CRESCIMENTO
A partir da brutal repressão à Confederação do Equador, a popularidade de D.Pedro I caiu ainda mais. Além do emprego do autoritarismo, a incompetência denegria ainda mais a imagem do imperador. O Brasil estava cada vez mais mergulhado numa crise financeira e D.Pedro I não conseguia tirá-lo dessa situação. O valor dos gastos com as importações era superior ao ganho com as exportações. Para enfrentar as suas despesas pedia empréstimos e emitia moedas, o que gerava inflação. Como consequência da crise, em 1829, o Banco do Brasil fundado na época de D.João VI, faliu.

A GUERRA DA CISPLATINA
A Guerra da Cisplatina foi um conflito que ocorreu de 1825 até 1828, envolvendo os países Brasil e Argentina. O motivo desta batalha era pelo domínio da Província de Cisplatina, atual Uruguai, uma região que sempre foi cobiçada pelos portugueses e espanhóis e que havia sido anexada ao Brasil por D.João VI. Os cisplatinos, descendentes de indígenas e espanhóis, queriam libertar-se do Brasil. Em sua luta pela independência conseguiram o apoio dos argentinos, que tinham interesse de dominar a região. Foram muitos conflitos entre os combatentes, e com tudo isso muito dinheiro público foi gasto, desequilibrando a economia brasileira. E além de tudo, o Brasil foi vencido na batalha. No ano de 1828, sob interferência da Inglaterra, foi firmado um acordo entre Brasil e Argentina, que foi marcado pela independência da Província da Cisplatina. Os cisplatinos instalaram uma república chamada Uruguai. Com isso, a situação do Brasil se complicou mais, e os brasileiros ficaram mais insatisfeitos com o governo.

A SUCESSÃO DO TRONO PORTUGUÊS
Com a morte de D.João VI, em 1826, o trono português ficou para D.Pedro I. No entanto este renunciou ao trono em favor de sua filha Maria da Glória. Porém, o irmão de D.Pedro I deu um golpe e tomou pela violência o poder da sobrinha. D.Pedro I preparou-se militarmente para reconquistar o trono português. Isso aumentou sua impopularidade. Os políticos brasileiros afastaram-se dele, acusando-o de estar mais interessado nos assuntos de Portugal do que nos do Brasil.

A ABDICAÇÃO DE D.PEDRO I
A situação de D.Pedro I não estava nada agradável e as críticas ao seu governo aumentavam mais ainda quando um dos seus principais críticos, o jornalista Líbero Badaró, foi assassinado em 1830, em São Paulo. A morte do jornalista foi atribuída aos simpatizantes do imperador, e isso gerou protestos em todo o país. D.Pedro tentou recuperar seu prestígio visitando várias províncias, mas foi em vão. De volta das viagens às províncias, D.Pedro I foi recebido com festa por portugueses no Rio de Janeiro. Daí ocorreu um grande conflito entre brasileiros e portugueses de 12 a q15 de março e que ficou conhecido como Noites das Garrafadas.
 D.Pedro I até que tentou contornar toda essa situação nomeando um ministério composto somente por brasileiros, mas não adiantou. Depôs os brasileiros e nomeou amigos que faziam parte do partido português. Isso causou indignação da população que exigia o retorno dos brasileiros depostos. Pressionado por populares e por soldados, D.Pedro I abdicou, em 7 de abril de 1831. Deixou o trono brasileiro para seu filho, Pedro de Alcântara. Como o menino tinha apenas 5 anos de idade, o Brasil passou a ser governado por regentes. D.Pedro I voltou a Portugal disposto a reconquistar o trono português.
 

Bibliografia: HISTÓRIA, SOCIEDADE & CIDADANIA. Alfredo Boulos Júnior. FTD. São Paulo, 2009.
http://www.infoescola.com/historia/confederacao-do-equador/
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O período regencial aconteceu entre 1831 e 1840. Nesse período o Brasil foi governado por regentes, pois, o herdeiro do trono Pedro de Alcântara tinha apenas 5 anos de idade quando D.Pedro I abdicou em 7 de abril de 1831. Segundo a constituição, até que Pedro de Alcântara completasse 18 anos, o governo deveria ser ocupado por três regentes.

REGÊNCIA TRINA PROVISÓRIA E REGÊNCIA TRINA PERMANENTE
Durante aproximadamente dois meses o Brasil foi governado por uma regência trina provisória, porém, ainda em 1831 uma Assembleia Geral formada por deputados e senadores elegeram uma regência trina permanente, que era composta por um militar e dois deputados. O homem mais poderoso dessa regência era o padre Diogo Antônio Feijó.

Guarda Nacional
Em 1831 quando o governo não confiava na capacidade do Exército de manter a ordem, o governo criou uma força paramilitar e deu-lhe o nome de Guarda Nacional. Dela só podiam participar brasileiros com idade entre 21 e 60 anos e que possuíssem uma renda mínima anual de 100 mil-réis. Os fazendeiros mais ricos ganharam a patente de coronel da Guarda Nacional. Cada fazendeiro-coronel organizava um destacamento em sua região com recursos próprios, adquirindo dessa forma enorme poder local.
*CORONEL – Nome dado aos ricos fazendeiros que chefiavam a Guarda Nacional e tinham grande poder político em suas localidades.
 
Grupos políticos da época
Três grupos políticos vinham disputando o poder quando a regência assumiu o governo. Conheça-os:
RESTAURADORES ou Caramurus – Era composto por comerciantes portugueses e altos funcionários públicos. Defendiam a volta de D.Pedro I ao poder e eram liderados por José do Bonifácio e seus irmãos.
EXALTADOS ou Farroupilhas – Era composto por proprietários rurais e parte dos profissionais liberais, padres, militares e funcionários públicos. Defendiam a descentralização do poder, maior autonomia para as províncias. Uma parte dos exaltados era favorável à república. Eram liderados por Bento Gonçalves e Miguel Frias.
MODERADOS ou Chimangos – Era composto por proprietários rurais e parte dos profissionais liberais, padre e militares. Defendia a manutenção da monarquia e dos privilégios das elites do Nordeste, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas.

Com a morte de Dom Pedro I, em 1834, o grupo dos restauradores se dissolveu, os exaltados enfrentaram os moderados e foram derrotados por eles; os moderados por sua vez, dividiram-se em dois grupos: os progressistas e os regressistas. No final do período regencial, os progressistas começaram a ser chamados de Partido Liberal e os regressistas, de Partido Conservador.

Regência de Feijó
Pela primeira vez no Brasil vinha ocorrer uma eleição direta para chefe de governo. Em 1835 era eleito padre Feijó, do grupo progressista. Feijó passou apenas dois anos como regente, pois, renunciou ao cargo pela falta de apoio que tinha no congresso de maioria regressista. Diante das rebeliões regenciais, Feijó precisava de recursos financeiros para enfrenta-las, o que não lhe foi autorizado pelo congresso.
Com a renúncia do padre Feijó, o regressista Pedro de Araújo Lima foi eleito regente do Brasil e tinha como objetivo principal combater as rebeliões que continuavam a agitar o país. Que rebeliões eram essas?

AS REBELIÕES REGENCIAIS

·        CABANAGEM
·        FARROPILHA
·        REVOLTA DO MALÊS
·        SABINADA
·        BALAIADA

SUGESTÃO PARA TRABALHO EM GRUPO SOBRE AS REBELIÕES REGENCIAIS
A turma será dividida em grupos. Cada grupo elegerá um líder que sorteará uma rebelião a ser trabalhada. Esse líder coordenará o trabalho do grupo.

Cada grupo apresentará o seu trabalho de acordo com as datas abaixo:
GRUPO 1 e GRUPO 2

GRUPO 3 e GRUPO 4

GRUPO 5


A apresentação do trabalho valerá 4 pontos e os critério de avaliação será de acordo com a tabela abaixo:
Domínio do assunto
1,0 ponto
Criatividade e tempo
1,0 ponto
Desempenho individual
1,0 ponto
Desempenho em grupo
1,0 ponto
TOTAL
4,0 pontos

No final de cada apresentação, cada grupo deverá apresentar um exercício de 5 questões para a turma, baseado no que foi transmitido durante a apresentação do trabalho. Após responder o exercício, os alunos deverão apresenta-lo para receber um visto do líder do grupo que apresentou o trabalho. No final de todas as apresentações, a soma dos vistos valerá 1,0 ponto.

O tempo para apresentação dos trabalhos, incluindo a aplicação do exercício, deverá ser acordado com as equipes depois de formadas.




A partir do temor, tanto dos liberais quanto dos conservadores em relação à desordem causada pelas rebeliões regenciais, começou a nascer (por parte dos liberais) a ideia de que, Pedro de Alcântara sendo aclamado imperador, a ordem pública se reestabeleceria. De fato, com 15 anos de idade incompletos, foi aclamado imperador do Brasil, e passou a ser chamado Dom Pedro II. Esse episódio ficou conhecido como “Golpe da Maioridade”, e começava o que chamamos de “Segundo Reinado”.
O Liberal e o Conservador foram os dois grandes partidos políticos da época desse reinado, liderados pela elite da época e que tinham interesse de manter a maioria da população excluída da vida política nacional.

ELEIÇÕES DO CACETE
A violência e a fraude eram práticas comuns na defesa dos interesses da elite e, em 1842, os liberais apelaram para estes artifícios no intuito de vencer as eleições legislativas e, por isso venceram nas urnas. Devido ao uso da violência contra os adversários, essa eleição ficou conhecida como “eleições do cacete”.

REBELIÃO PRAIEIRA
Foi um movimento liderado por elites pernambucanas, que insatisfeitos com a nomeação de um conservador para governar Pernambuco, decidiram pegar em armas, porém, foram derrotados pelas forças imperiais.
Recebeu esse nome por que nasceu no Partido da Praia, assim chamado por que tinha a sede de seu jornal, o “Diário Novo”, na Rua da Praia, em Recife. Dentre algumas reinvindicações, o partido queria o voto livre e universal do povo brasileiro, e a extinção do Poder Moderador.

PARLAMENTARISMO NO BRASIL
Em 1847, Dom Pedro II criou o cargo de “Presidente do Conselho de Ministros”. Dessa forma estabeleceu no Brasil o Parlamentarismo – sistema em que o chefe de governo é o primeiro-ministro (que era nomeado pelo imperador). No Brasil, esse sistema ficou conhecido como “Parlamentarismo à brasileira”, por que a vontade do imperador estava acima da vontade da maioria dos ministros.

GUERRA DO PARAGUAI
Foi o mais grave conflito na América do Sul, durou 6 anos e envolveu Brasil, Uruguai, Paraguai e Argentina. A explicação está:
a)      Na disputa pelo controle dos rios Paraná, Paraguai, Uruguai e Rio da Prata (utilizados no transporte de mercadorias);
b)      A disputa pelas terras férteis e de pastagens (desrespeitando as fronteiras vizinhas);
c)      A disputa pela liderança na região platina.

Dentre os países que guerrearam, o que possuía o contingente no exército era o Paraguai, e para combatê-lo, em 1865 o Brasil, Argentina e Uruguai compuseram a Tríplice Aliança.
Embora pouco estudada, a participação da população negra na guerra foi decisiva. O escravo que entrasse para o exército era alforriado e seus senhores recebiam indenização.
Números oficiais mostram que morreram cerca de 24 mil pessoas na guerra, mas existem aqueles que estimam em até 100 mortos.
Com a guerra, o Brasil incorporam vastos territórios, garantiu a ligação fluvial com o sul do Mato Grosso e manteve a liderança na região platina, porém, o governo teve que emitir mais moedas, provocando o aumento da inflação. A guerra também fez com que o Brasil aumentasse sua dívida externa para com os ingleses.
ECONOMIA DO IMPÉRIO
Em 1727, chegavam ao Brasil as primeiras mudas de café vindas do leste da África. O solo brasileiro era muito propício para a plantação de café e em pouco tempo ele se tornava o produto brasileiro mais vendido no exterior. A plantação de café se desenvolveu primeiramente no Vale do Paraíba (região entre o RJ e SP) e, posteriormente os cafezais ocuparam o oeste paulista. Com a formação dessas fazendas, surgiu um grupo de ricos fazendeiros conhecidos como “barões do café”. Os cafeicultores paulistas atuavam como empresários, investindo em ferrovias e importavam máquinas agrícolas, como arados, ventiladores e separadores de grãos.
No segundo reinado, além do café, o Brasil exportava também outros gêneros como cacau e tabaco (Bahia), borracha (Amazônia), açúcar, tabaco, couro, etc.
Além do mercado externo, os produtos brasileiros movimentavam também o mercado interno e, alguns estados se destacaram nessa comercialização, por exemplo, o Rio Grande do Sul destacou-se na venda de charque, Minas Gerais na criação de gado.

MODERNIZAÇÃO DO IMPÉRIO
A riqueza conseguida com o café trouxe progresso para a região sudeste e colaborou para a estabilidade e modernização do Império brasileiro. Contribuíram também para o progresso do Império:
a)      Tarifa Alves Branco (1844) – aumento de impostos na alfândega brasileira;
b)      Lei Eusébio de Queirós (1850) – Essa lei proibia a entrada de escravos africanos no Brasil, e o dinheiro que deixou de ser usado na compra de escravos, somado ao dinheiro obtido com as vendas do café brasileiro para o exterior, passou a ser investido em novos negócios, como a construção de ferrovias;

Além das ferrovias, foram criadas no Brasil dezenas de indústrias, companhia de iluminação a gás, empresas de transportes urbanos, etc. Nesse cenário se destaca a figura de Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá.

A PRESSÃO INGLESA E O FIM DO TRÁFICO
O tráfico de escravos foi durante muito tempo um lucrativo negócio, tanto para quem comprava, quanto para quem vendia. A Inglaterra foi um dos países que muito lucrou com esse negócio, até que em 1807 o governo inglês decidiu proibir a venda de escravos para as suas colônias americanas, e foi mais além, ela passou a combater radicalmente o tráfico e a escravidão. Segundo historiadores, os motivos foram os seguintes:
1º - A ampliação do mercado consumidor para os produtos ingleses;
2º - Com o fim da escravidão na Jamaica (colônia inglesa), o açúcar ficou mais caro que o do Brasil;
3º - Parte dos políticos e da população inglesa aderiu às ideias iluministas e opunha-se à escravidão.

O BILL ABERDEEN
O Bill Aberdeen foi uma lei que autorizava os navios ingleses afundar os navios negreiros. Os traficantes eram julgados na Inglaterra. Apesar dessa lei, os navios negreiros prevendo o fim da escravidão, intensificaram o tráfico, o que fez com que a Inglaterra também intensificasse o policiamento. Toda essa pressão fez com que Dom Pedro II criasse a Lei Eusébio de Queirós, que proibia definitivamente a entrada de escravos no Brasil. Neste mesmo ano D.Pedro II criou a Lei da Terra, que proibia a doação de terras e ainda estabelecia impostos para quem as possuísse, excluindo da posse da terra ex-escravos, imigrantes e pobres, forçando-os a irem trabalhar para grandes proprietários.
Com a proibição do tráfico de escravos, o comércio continuou de forma interprovincial, ou seja, entre províncias do Brasil. As plantações de café começaram a ter carência de mão-de-obra, e por causa disso pensou-se em dar emprego para trabalhadores livres que na maioria eram negros e mestiços. Só que aí surgia um problema. Os negros e mestiços eram considerados preguiçosos e indisciplinados para o trabalho livre. Tinha-se o pensamento racista de que eles eram de uma raça inferior. Com isso, a elite imperial defendia a entrada maciça de imigrantes europeus para que como consequência disso acontecesse no Brasil um branqueamento da população e, dessa forma se chegasse ao progresso.

IMIGRANTES NO BRASIL E O COLONATO
No século XIX, a entrada de imigrantes no Brasil foi algo fenomenal. Eram dezenas de milhares de europeus pobres viajando para o Brasil à procura de terra e trabalho. Em sua maioria eram portugueses e italianos. Ao chegar no Brasil iam trabalhar nas fazendas paulistas no regime de colonato. Nesse regime recebiam salário pelo trabalho no cafezal e a permissão para plantar milho, mandioca e feijão, bem como criar animais para consumo próprio ou para venda.
No intuito de povoar determinadas regiões o governo de Dom Pedro II começou a distribuir lotes de terras para os imigrantes, e assim foram criadas diversas colônias. Algumas dessas colônias viraram cidades como São Leopoldo e Novo Hamburgo (no Rio Grande do Sul) e Blumenau e Joinville (Santa Catarina) que foram fundadas pelos alemães. Os italianos por sua vez fundaram colônias que deram origem às cidades de Caxias do Sul, Garibaldi e Bento Gonçalves. Os poloneses se fixaram no sul, sobretudo no Paraná.
Apesar das dificuldades enfrentadas como, a longa distância das cidades e as terras nem sempre eram adequadas ao cultivo dos produtos a que eles estavam acostumados, alguns dos imigrantes persistiram e conseguiram melhorar de vida.