BOAS-VINDAS

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Idade Contemporânea

REVOLUÇÃO FRANCESA

   Revolução Francesa é o nome dado ao conjunto de acontecimentos que, entre maio de 1789 e novembro de 1799, alteraram o quadro político e social da França. Em causa estavam o Antigo Regime e os privilégios do clero e da nobreza. Foi influenciada pelos ideais do Iluminismo e da Independência Americana (1776). Está entre as maiores revoluções da história da humanidade.


A Revolução é considerada como o acontecimento que deu início à Idade Contemporânea. Aboliu a servidão e os direitos feudais e proclamou os princípios universais de "Liberdade, Igualdade e Fraternidade" (Liberté, Egalité, Fraternité), frase de autoria de Jean-Jacques Rousseau.



A SOCIEDADE DO ANTIGO REGIME

A França do final de século XVIII era o país mais populoso da Europa e também um dos mais injustos. Predominava o Antigo Regime, uma sociedade onde o Clero e a nobreza tinham enormes privilégios e o rei apresentava-se como representante de Deus na terra (absolutismo de direito divino).

Naquela época, a sociedade francesa estava dividida em três Estados:

Primeiro Estado (o clero) – Alto Clero: cardeais, bispos e abades; Baixo Clero: padres, frades e monges. Possuía muitas terras e cobrava dízimo e taxas sobre batismo, casamento e sepultamento. Possuía 120 mil pessoas.

Segundo Estado (nobreza) – Incluía a família real, a nobreza cortesã (viviam na corte), a nobreza provincial (viviam em grandes propriedades rurais) e a nobreza de toga (burgueses que comprava títulos de nobres). Viviam à custa da monarquia ou da exploração do trabalho dos camponeses. Possuía 360 mil pessoas.

Terceiro Estado (Burguesia, trabalhadores urbanos e camponeses) – Trabalhava para gerar riqueza e pagar todos os impostos. Os camponeses constituíam cerca de 80% da população francesa e pagavam impostos ao rei e à Igreja. Camponeses e trabalhadores urbanos eram os mais atingidos pela crise de fome tão frequente na França daqueles tempos.


Na época, iluministas franceses como Rousseau, Voltaire e Montesquieu, produziram muitos textos que criticavam o rei e os privilégios da nobreza, instigando o povo à luta.


A FRANÇA DO SÉCULO XVIII

A maioria da população vivia e trabalhava no campo. Mas, devido à concentração das terras nas mãos de poucos e aos pesados impostos pagos pelos camponeses, a oferta de alimento era pequena e seus preços eram altos. Com isso, os mais pobres passavam fome, tanto no interior quanto na capital da França.

A burguesia também vivia insatisfeita devido ao pagamento de impostos. Enquanto isso, industriais se entristeciam com rei devido o mesmo favorecer alguns industrial com o monopólio na fabricação de produtos.



Convocação dos Estados Gerais

Além da fome e o desemprego que assolava a França, a crise aumentava ainda mais por que o governo de Luís XVI gastava mais do que arrecadava. Diante da insatisfação da população, o rei convocou a Assembleia dos Estados Gerais – composta de representantes dos três Estados (clero, nobreza e Terceiro estado). Essa assembleia não era consultada havia 175 anos.

Nessa assembleia cada Estado tinha direito a um voto. Portanto, clero e nobreza reunidos tinham direito a dois votos e tinham a certeza de que estariam no controle da situação, por conta do Terceiro Estado ter direito apenas a um voto. Mas, o Terceiro Estado lançou uma campanha em favor da votação por cabeça, isto é, por pessoa e não por Estado. Em 1789, a Assembleia reuniu-se para debater a situação do país.



rei Luís XVI




O Processo Revolucionário

Logo após o início dos trabalhos da assembleia, o rei Luís XVI, apoiado pela nobreza e pelo clero, decidiu que a votação permaneceria por Estado, e não por pessoa. Em reação, os deputados do terceiro Estado declararam-se em Assembleia Geral, com o objetivo de criar uma Constituição para a França.

  

Assembleia Nacional Constituinte

Diante da notícia de que o Rei iria reprimir a assembleia, populares saíram às ruas de Paris saqueando depósitos de armas e alimentos. Com a ajuda do Exército, invadiram e tomaram Bastilha (prisão de prisioneiros políticos e criminosos). No interior, os camponeses se rebelavam contra seus senhores.

Queda de Bastilha
Por pressão da marcha da revolução no campo e na cidade, em agosto de 1789 a Assembleia Nacional Constituinte aboliu a servidão, os dízimos e os privilégios do clero e da nobreza, pondo fim o que restava de feudalismo na França. Foi aprovada a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que estabelecia entre outros direitos, a liberdade, à segurança e à resistência à opressão, bem com a liberdade de expressão. Logo depois, outro documento confiscava os bens da Igreja. Os membros do alto clero fugiram da França com milhares de nobres, levando consigo seus bens e, no exterior começaram a organizar um exército para impedir o avanço da Revolução Francesa.



Monarquia constitucional

Em 1791, a Assembleia Nacional acabou de vez com a monarquia absolutista na França, através da aprovação de uma constituição que limitava os poderes do rei. Foi estabelecida a monarquia constitucional, onde, a partir de então somente a Assembleia Nacional podia fazer e aprovar leis.

A burguesia passou a liderar o processo revolucionário, e instituiu o voto censitário. Mulheres, camponeses, artesãos e operários (85% da população) foram excluídos do direito de votar.

A Constituição desagradou o rei da França, isso fez com que se unisse aos reis da Prússia e Áustria, à nobreza e ao alto clero francês e, montou um exército e invadiram a França. Os franceses pegaram em armas pra defender seu país, o rei tentou fugir, mas foi reconhecido e preso. Populares juntaram-se ao exército francês, que ganhou forças para vencer os estrangeiros na Batalha de Valmy, em setembro de 1792.



Convenção Nacional

Logo após a vitória contra a monarquia, uma nova assembleia foi formada para elaborar uma nova constituição, elegeu-se uma Convenção Nacional pelo voto masculino, e não pelo voto censitário. Após esse acontecimento, a monarquia foi abolida e a república foi proclamada. Composta por 750 deputados, a Convenção estava dividida em três grandes grupos políticos: Girondinos, Jacobinos e Planície.

Girondinos. Representavam a burguesia industrial e comercial. Eram contrários a participação popular na revolução. Sentavam-se à direita do presidente da Convenção, e por isso ficaram conhecidos como “grupo de direita”.

Jacobinos. Representavam as camadas populares. Sentavam-se à esquerda do presidente da Convenção, e por isso ficaram conhecidos como “grupo de esquerda”.

Planície. Era composta por deputados que agiam conforme seus interesses imediatos: ora apoiando os girondinos, ora os jacobinos. Sentavam-se no centro da Convenção.

Apesar de ser apoiado pelos girondinos, o rei Luís XVI, foi acusado de traição e executado em praça pública em janeiro de 1973.



Jacobinos no poder

Robespierre - líder Jacobino
A execução do rei teve repercussões internas e externas. A Inglaterra reuniu-se com outros países monarquistas e planejavam invadir a França. Os jacobinos criaram órgãos de defesa como o Comitê de Salvação Pública para controlar o Exército e política interna, e o Tribunal Revolucionário, encarregado de julgar os inimigos da Revolução. À frente do Comitê de Salvação Pública estava Robespierre, o verdadeiro chefe do governo. Para conter a crise social e financeira em que a França estava mergulhada, o Comitê distribuiu as terras dos nobres entre milhares de camponeses, aboliu a escravidão nas colônias francesas, tornou o ensino primário obrigatório e gratuito e tabelou os preços dos gêneros de primeira necessidade, que vinham subindo diariamente. Essas medidas causaram descontentamento aos girondinos.
Nesse cenário de tensão começa na França o que ficou conhecido como “período do Terror”. Os jacobinos guilhotinavam qualquer suspeito de traição, ou falta de apoio às suas decisões. Com isso, começou a perder o apoio popular, o que veio favorecer o grupo dos girondinos e planície, que deram um golpe: prenderam Robespierre e todos os líderes jacobinos, guilhotinando-os sem julgamento.

Diretório
Com o novo grupo governando a França, a burguesia se fortaleceu e expandiu seus negócios, dessa forma vemos o nascimento da França capitalista. Uma nova Constituição foi elaborada, manteve a república, restabeleceu o voto censitário e confiou o governo a um diretório composto por cinco deputados. O governo do Diretório encontrou sérias resistências, tanto dos jacobinos como dos monarquistas. Os monarquistas recebiam apoio da Inglaterra, lideravam revoltas para por no poder o irmão de Luís XVI. Os jacobinos atacavam o governo por meio de seus grupos e jornais. O governo ameaçou expulsar do país seus adversários, mas encontrava-se desmoralizado por causa de envolvimentos com a corrupção. Os jornais franceses diziam que o país precisava de um homem enérgico, respeitado e admirado para “salvar” a pátria. Um jovem general, de nome Napoleão Bonaparte, reunia essas características. Um dos motivos de sua fama era seu excelente desempenho militar contra os exércitos estrangeiros que vinham tentando invadir a França.

Napoleão Bonaparte
 
Em novembro de 1799, Bonaparte apoiado por políticos burgueses e por militares, tomou o poder. Esse episódio ficou conhecido como Golpe de 18 Brumário. Completava-se assim a revolução Burguesa na França, iniciada 10 anos antes. (18 Brumário significa o décimo oitavo dia do mês das brumas, ou seja, mês de nevoeiro (outono na Europa).

 

ERA NAPOLEÔNICA

Napoleão Bonaparte nasceu em Ajaccio, Córsega em 1769. Foi tenente da artilharia do exército francês aos 19 anos e general aos 27 anos, saindo vitorioso em várias batalhas na Itália e na Áustria. Foi um dos chamados "monarcas iluminados", que aderiram ao movimento filosófico chamado Iluminismo.

Napoleão Bonaparte esteve no poder da França durante 15 anos e nesse tempo conquistou grande parte da Europa.. Para os biógrafos, seu sucesso se deu devido a sua grande capacidade como estrategista, seu espírito de liderança e ao seu talento para empolgar os soldados com promessas de riqueza e glória após vencidas as batalhas.

Os processos revolucionários provocaram certa tensão na França, de um lado estava a burguesia insatisfeita com os jacobinos, formados por monarquistas e revolucionários radicais, e do outro lado as monarquias europeias, que temiam que os ideais revolucionários franceses se propagassem por seus reinos.

Foi derrubado na França, sob o comando de Napoleão, o governo do Diretório. Junto com a burguesia, Napoleão estabeleceu o consulado, primeira fase do seu governo. Este golpe ficou conhecido como 'Golpe 18 de Brumário' em 1799. O Golpe 18 de Brumário, marca o início de um novo período na história francesa, e consequentemente, da Europa: a Era Napoleônica.

Seu governo pode ser dividido em três partes: Consulado (1799-1804), Império (1804-1814) e Governo dos Cem Dias (1815).
fonte: historiajulia.blogspot.com



* Consulado

O governo do consulado foi instalado depois da queda do Diretório. O consulado possuía caráter republicano e militar. No poder Executivo, três pessoas eram responsáveis: dois cônsules e o próprio Napoleão. Apesar da presença de outros dois cônsules, quem mais dispunha de influência e poder era o próprio Napoleão, que foi eleito primeiro-cônsul da República.

No consulado, a burguesia detinha o poder e assim, foi consolidada com o grupo central da França. A forte censura à imprensa, a ação violenta dos órgãos policiais e o desmanche da oposição ao governo colocaram em questão os ideais de “liberdade, igualdade e fraternidade” características da Revolução Francesa.

Entre os feitos de Napoleão (na época), podemos citar:

Economia – Criação do Banco da França, em 1800, controlando a emissão de moeda e a inflação; criação de tarifas protecionistas, fortalecendo a economia nacional.

Religião – Elaboração da Concordata entre a Igreja Católica e o Estado, o qual dava o direito do governo francês de confiscar as propriedades da Igreja, e em troca, o governo teria de amparar o clero.

Direito – Criação do Código Napoleônico, representando em grande parte os interesses dos burgueses, como casamento civil (separado do religioso), respeito à propriedade privada, direito à liberdade individual e igualdade de todos perante à lei, etc.

Educação – Reorganização e prioridades para a educação e formação do cidadão francês.


Os resultados obtidos neste período do governo de Napoleão agradaram à elite francesa. Com o apoio destas, Napoleão foi elevado ao nível de cônsul vitalício, em 1802.



* Império

Em plebiscito realizado em 1804, a nova fase da era napoleônica foi aprovada com quase 60% dos votos, e o regime monárquico foi reestabelecido na França, Napoleão foi indicado para ocupar o trono.

Nesse período, podemos destacar o grande número de batalhas de Napoleão para a conquista de novos territórios para a França. O exército francês tornou-se o mais poderoso de toda a Europa.

O principal e mais poderoso inimigo francês, na época, era a Inglaterra. Os ingleses se opunham a expansão francesa, e vendo a força do exército francês, formaram alianças com Áustria, Rússia e Prússia. Embora o governo francês dispusesse do melhor exército da Europa, a Inglaterra era a maior potência naval da época, o que dificultou a derrota dos ingleses. Em virtude disso, Napoleão Bonaparte pensou em outra forma de derrotar os ingleses economicamente. Ele estabeleceu o Bloqueio Continental, que determinava que todos os países europeus deveriam fechar seus portos para o comércio com a Inglaterra, enfraquecendo assim, as exportações do país e causando uma crise industrial.

A Inglaterra na época, era o maior parceiro comercial de Portugal. Portugal vendia produtos agrícolas e a Inglaterra, produtos manufaturados. Vendo que não poderia parar de negociar com os ingleses, e temendo a invasão dos franceses, D.João VI junto com sua família e os nobres portugueses fugiram para o Brasil, transferindo quase todo o aparelho estatal para a colônia.

A Rússia também descumpriu o Bloqueio Continental e comercializou com a Inglaterra. Napoleão e seus homem marcharam contra a Rússia, mas foram praticamente vencidos pelo imenso território russo e principalmente, pelo rigoroso inverno. Além disso haviam conspirações de um golpe na França, o que fez Napoleão voltar rapidamente para controlar a situação.
Após esses fatos temos a luta da coligação europeia contra a França. Com a capitulação de Paris, o imperador foi obrigado a abdicar.


* Governo dos Cem Dias

Com a derrota para as forças da coligação europeia, Napoleão foi exilado na Ilha de Elba, no Tratado de Fontainebleau, porém, fugiu no ano seguinte. Com um exército, entrou na França e reconquistou o poder. Passou a atacar a Bélgica, mas foi derrotado pela segunda vez na Batalha de Waterloo. Assim, Napoleão foi preso e exilado pela segunda vez, porém para a Ilha de Santa Helena, em 1815. Napoleão morreu em 1821 não se sabe, na verdade, o motivo mas suspeita-se de envenenamento.

Bibliografia: HISTÓRIA, SOCIEDADE & CIDADANIA. Alfredo Boulos Júnior

REVOLUÇÕES EUROPÉIAS - nacionalismo e unificação (em construção)

 

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

  A substituição das ferramentas pelas máquinas, da energia humana pela energia motriz e do modo de produção doméstico pelo sistema fabril constituiu a Revolução Industrial; revolução, em função do enorme impacto sobre a estrutura da sociedade, num processo de transformação acompanhado por notável evolução tecnológica.
A Revolução Industrial aconteceu na Inglaterra na segunda metade do século XVIII e encerrou a transição entre feudalismo e capitalismo, a fase de acumulação primitiva de capitais e de preponderância do capital mercantil sobre a produção. Completou ainda o movimento da revolução burguesa iniciada na Inglaterra no século XVII.


ETAPAS DA INDUSTRIALIZAÇÃO
  Podem-se distinguir três períodos no processo de industrialização em escala mundial:  
·         I Período: 1760 a 1850 – A Revolução se restringe à Inglaterra, a "oficina do mundo". Preponderam a produção de bens de consumo, especialmente têxteis, e a energia a vapor. Quatro elementos essenciais concorreram para a industrialização: capital (muita grana guardada), recursos naturais(matéria-prima), mão-de-obra(muita gente indo trabalhar nas fábricas) e mercado consumidor (gente pra comprar seus produtos).
·         II Período 1850 a 1900 – A Revolução espalha-se por Europa, América e Ásia: Bélgica, França, Ale­manha, Estados Unidos, Itália, Japão, Rússia. Cresce a concorrência, a indústria de bens de produção se desenvolve, as ferrovias se expandem; surgem novas formas de energia, como a hidrelétrica e a derivada do petróleo. O trans­porte também se revoluciona, com a invenção da locomotiva e do barco a vapor.
·         III Período 1900 até hoje – Surgem conglomerados industriais e multinacionais. A produção se automatiza; surge a produção em série; e explode a sociedade de consumo de massas, com a expansão dos meios de comunicação. Avançam a indústria química e eletrônica, a engenharia genética, a robótica.

ARTESANATO, MANUFATURA E MAQUINOFATURA
  O artesanato, primeira forma de produção industrial, surgiu no fim da Idade Média com o renascimento comercial e urbano e definia-se pela produção independente; o produtor possuía os meios de produção: instalações, ferramentas e matéria-prima. Em casa, sozinho ou com a família, o artesão realizava todas as etapas da produção.
A manufatura resultou da ampliação do consumo, que levou o artesão a aumentar a produção e o comerciante a dedicar-se à produção industrial. O manufatureiro distribuía a matéria-prima e o arte­são trabalhava em casa, recebendo pagamento combinado. Esse comerciante passou a produzir. Primeiro, contratou artesãos para dar acabamento aos tecidos; depois, tingir; e tecer; e finalmente fiar. Surgiram fábricas, com assalariados, sem controle sobre o produto de seu trabalho. A produtividade aumentou por causa da divisão social, isto é, cada trabalhador realizava uma etapa da produção.
Na maquinofatura, o trabalhador estava sub­metido ao regime de funcionamento da máquina e à gerência direta do empresário. Foi nesta etapa que se consolidou a Revolução Industrial.


MECANIZAÇÃO DA PRODUÇÃO
  As invenções não resultam de atos individuais ou do acaso, mas de problemas concretos coloca­dos para homens práticos. O invento atende à necessidade social de um momento; do contrário, nasce morto.
Cada problema surgido exigia nova invenção. Para mover o tear mecânico, era necessária uma energia motriz mais constante que a hidráulica, à base de rodas d’água. James Watt, aperfeiçoando a máquina a vapor, chegou à máquina de movi­mento duplo, com biela e manivela, que transformava o movimento linear do pistão em movimento circular, adaptando-se ao tear. Para aumentar a resistência das máquinas, a madeira das peças foi substituída por metal, o que estimulou o avanço da siderurgia.

DIFERENÇAS ENTRE "I REV.IND." E "II REV.IND."
I RI: (XVII à XIX)
• invenção dos engenhos.
• uso da maquina a vapor
• fonte de energia: carvão
• meio de transporte: trem
• principais segmentos da indústria: têxtil, mineração e metalúrgica.

II RI: (XIX à XX)
• invenção dos motores de combustão
• Aço de alta resistência
• fonte de energia: petróleo
• meio de transporte: trens e navios
• principais segmentos: siderúrgico, metalúrgico, eletroquímico, aéreo e automobilístico.

REVOLUÇÃO SOCIAL

 A Revolução Industrial concentrou os trabalhadores em fábricas. O aspecto mais importante, que trouxe radical transformação no caráter do trabalho, foi esta separação: de um lado, capital e meios de produção (instalações, máquinas, matéria-prima); de outro, o trabalho. Os operários passaram a assalariados dos capitalistas (donos do capital). Destituídos dos meios de produção, passaram a sobreviver apenas da venda de sua força de trabalho.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A expansão capitalista no século XIX ficou conhecida como imperialismo, e o domínio dos países europeus sobre a África e a Ásia foi denominado neocolonialismo.
A Revolução Industrial foi responsável por inúmeras mudanças que podem ser avaliadas tanto por suas características negativas, quanto positivas. Alguns dos avanços tecnológicos trazidos por essa experiência trouxeram maior conforto à nossa vida. Por outro lado, a questão ambiental (principalmente no que se refere ao aquecimento global) traz à tona a necessidade de repensarmos o nosso modo de vida e a nossa relação com a natureza. Dessa forma, não podemos fixar o modo de vida urbano e integrado à demanda do mundo industrial como uma maneira, um traço imutável da nossa vida quotidiana.

(fonte: fontes: Gilberto Cotrim, Cláudio Vicentino, Luís Koshiba, Portal Supletivo Unicanto, Portal Brasil Escola)

A música abaixo é da banda de rock Legião Urbana. Trabalharemos na sala de aula a interpretação de sua letra, a partir de nossas discurssões sobre a Revolução Industrial

Fábrica

Legião Urbana

Composição: Renato Russo
Nosso dia vai chegar,
Teremos nossa vez.
Não é pedir demais:
Quero justiça,
Quero trabalhar em paz.
Não é muito o que lhe peço -
Eu quero um trabalho honesto
Em vez de escravidão.
Deve haver algum lugar
Onde o mais forte
Não consegue escravizar
Quem não tem chance.
De onde vem a indiferença
Temperada a ferro e fogo?
Quem guarda os portões da fábrica?
O céu já foi azul, mas agora é cinza
O que era verde aqui já não existe mais.
Quem me dera acreditar
Que não acontece nada de tanto brincar com fogo,
Que venha o fogo então.
Esse ar deixou minha vista cansada,
Nada demais.

ESTUDO DIRIGIDO (Em Construção)





IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO

1. CONCEITOS
A expansão capitalista no século XIX ficou conhecida como imperialismo, e o domínio dos países europeus sobre a África e a Ásia foi denominado neocolonialismo.

2. ORIGENS E CARACTERÍSTICAS
No período da Primeira Revolução Industrial (1760-1850), a produção em maior escala forçou os comerciantes ingleses a procurar novos mercados e a combater a política econômica mercantilista (metalismo e pactos coloniais). Os ingleses passaram a pregar a substituição dos pactos coloniais pelo liberalismo econômico (liberdade no comércio). Assim, a Inglaterra tornou-se incentivadora das lutas de independência das colônias europeias no continente americano.
A mudança na atitude das potências europeias explica-se, principalmente, pelas modificações verificadas no capitalismo após 1830. Com o crescimento da industrialização, surgem, no capitalismo europeu, crises cíclicas de superprodução, obrigando as nações industrializadas a buscar mercados externos para onde pudessem escoar o excedente da produção faltando cada vez mais mercados.
Além disso, o aumento da população europeia criou a necessidade de novas terras para onde pudesse ser escoada a mão-de-obra excedente. Por fim, o operariado europeu, insatisfeito com suas precárias condições de vida e de trabalho, agitava a Europa comandando inúmeros movimentos sociais.
Os governos europeus perceberam que a exploração colonial poderia possibilitar uma melhora no padrão de vida da classe operária do velho continente, freando assim os levantes populares.
A expansão colonial, durante a Revolução Comercial (período de grande expansão econômica da Europa, movido pelo colonialismo e mercantilismo que durou aproximadamente do século XVI ao século XVIII), centralizou-se prioritariamente sobre o continente americano. O novo imperialismo, por sua vez, beneficiava a alta burguesia das grandes potências, gerando mercado para as mercadorias produzidas e oferecendo novos locais para emprego do excedente de capital. Esse fato se explica pela transformação ocorrida no capitalismo durante a Segunda Revolução Industrial, quando a produção e o capital concentraram-se em grandes monopólios e os banqueiros e industriais uniram-se, dando origem a uma nova modalidade de capitalismo, o financeiro (Sistema econômico baseado na ação conjunta de bancos e indústrias).

fonte:historiajulia.blogspot.com
3. 
A PARTILHA AFRO-ASIÁTICA

África
A Revolução Industrial revalorizou a África aos olhos do europeu, sobretudo por sua potencialidade pouco explorada de matérias-primas, e pelo possível mercado consumidor para os novos artigos industriais.
A descoberta de minerais preciosos, em 1870, como diamantes em Kimberley (Orange) e jazidas de ouro no Transvaal fez aumentar a cobiça do europeu.
A máquina a vapor e a estrada de ferro foram os dois instrumentos fundamentais desse novo avanço imperialista. Funcionara tanto como objeto de comércio quanto como instrumentos de penetração para a conquista do continente.
A Alemanha foi o último país europeu a participar da corrida imperialista e, portanto, acabou entrando em conflito com outros países, cujos interesses já estavam estabelecidos em diversas áreas do globo.
Tentando evitar esses choques e ao mesmo tempo criando um canal de participação, Bismarck, primeiro-ministro alemão, conseguiu reunir, na Conferência de Berlim (1884 - 1885), as principais potências imperialistas, com o objetivo de estabelecer uma ação conjunta na África.
A Conferência de Berlim estabeleceu alguns pontos:
_ Liberdade de navegação na Bacia do Congo, entrada natural para o interior do continente.
_ Fixação de um Estado independente (Congo) como propriedade pessoal do rei da
Bélgica, Leopoldo II.
_ Conquista de uma faixa do litoral correspondente a igual parcela do interior, desde
que fosse efetivamente ocupado.
_ Exigência de ser notificada às demais potências européias qualquer nova conquista.
 
Ásia
O imperialismo não se contentou com a África. Lançou também seus tentáculos na Ásia, berço das civilizações mais antigas do mundo, que havia conseguido atravessar toda a época moderna sem sofrer grandes perdas de território. Até então, o saldo da expansão comercial europeia na região havia se limitado ao estabelecimento de algumas feitorias no litoral.
Particularmente na Índia e na China. A partir da Revolução Industrial, entretanto, grande parte da Ásia viu-se conquistada e partilhada não só pelas nações tradicionais, detentoras do capital, como Inglaterra e França, mas também por aquelas de industrialização mais recente, como Estados Unidos e Alemanha, além do Japão. O caso da Índia é particularmente significativo. Até meados do século XIX, a dominação inglesa na região fazia-se por intermédio da Companhia das Índias Orientais, que obtivera a concessão do monopólio do comércio indiano, fundara entrepostos comerciais no litoral e controlava as principais rotas do interior.
A Revolução Industrial aprofundou a dominação inglesa em extensão, com a conquista de uma área territorial maior, e em profundidade, pois ocorreu uma mudança qualitativa nas relações comerciais anglo-hindus. A preocupação maior da Inglaterra, entretanto, residia em comprar a preço baixo a imensa gama de produtos que a Índia oferecia e revendê-la em outros mercados, além de comercializar os artigos que levava para lá. Mas o controle da máquina político-administrativa serviu de ponta-de-lança para a expansão inglesa na Ásia.
Inicialmente, os ingleses compravam chá, sem conseguir vender aos chineses algum produto em igual quantidade, mas descobriram que o ópio era uma mercadoria de grande aceitação entre a população chinesa. Com a aprovação do governo inglês, a
Companhia das Índias Orientais lançou-se à venda do ópio, que era produzido na Índia e Birmânia. Os efeitos foram devastadores. A China reagiu contra a venda do ópio em seu território, o que veio a resultar no que ficou conhecido como a Guerra do Ópio, que foi vencida pelos ingleses.
Em 1842, as tropas britânicas vitoriosas submetem a China ao Tratado de Nanquim, estabelecendo entre outras cláusulas: abertura dos portos chineses ao livre comércio, imunidade e privilégios especiais aos súditos ingleses na China e a transferência da ilha de Hong Kong à Inglaterra.
No fim do século XIX, Inglaterra, França, Alemanha, Rússia, Estados Unidos e Japão dividiam o imenso território chinês, em diversas esferas de influências.
O que foi a Guerra do Ópio?
Na verdade, não foi uma guerra, mas duas - ambas travadas no século XIX na China. Nesses conflitos, Grã-Bretanha e França se aliaram para obrigar a China a permitir em seu território a venda de ópio, uma droga anestésica extraída da papoula. Para britânicos e franceses, exportar ópio para a China era uma forma de compensar o prejuízo nas relações comerciais com os chineses, que vendiam aos ocidentais mercadorias muito mais valorizadas, como chá, porcelanas e sedas. Mas o governo de Pequim não via o troca-troca com bons olhos: a partir do século XVIII, o consumo da droga explodiu no país, causando graves problemas sociais - nem um decreto imperial de 1796 conseguiu deter a expansão do problema. A coisa pegou fogo de vez em 1839, quando o governo chinês destruiu uma quantidade de ópio que estava na mão de mercadores britânicos equivalente ao consumo de um ano. O governo da Grã-Bretanha reagiu enviando ao Oriente navios de guerra e soldados, dando origem à primeira Guerra do Ópio. Mais bem equipada, a tropa britânica venceu os chineses em 1842, obrigando-os a assinar um tratado de abertura dos portos e de indenização pelo ópio destruído - mas o comércio da droga continuava proibido. O negócio complicou de novo em 1856, quando autoridades chinesas revistaram um barco britânico à procura de ópio contrabandeado. Era a desculpa que a Grã-Bretanha precisava para declarar a Segunda Guerra do Ópio, vencida novamente pelos ocidentais em 1857. Como preço pela derrota, a China teve de engolir a legalização da importação de ópio para o país por muito tempo: o uso e o comércio da droga em território chinês só foram banidos de vez após a tomada do poder pelos comunistas, em 1949.
Pela primeira vez na história, o mundo encontrava-se inteiramente partilhado, direta ou indiretamente, submisso às grandes potências europeias e aos Estados Unidos. Em 1905 estavam conquistados: 90,4% da África, 56,6% da Ásia, 100% da Austrália, 27,2% da América e 98,9% da Polinésia.
Não haveria novas apropriações, pois já não existiam territórios sem dono. As grandes potências entrariam agora em choque permanente entre si na tentativa de expandir suas áreas de dominação econômica e política.
Foi somente no século XX que as colônias conseguiram suas independências, porém herdaram dos europeus uma série de conflitos e países marcados pela exploração, subdesenvolvimento e dificuldades políticas.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Na segunda metade do século XIX surgiu a tendência monopolista do capitalismo. Este que se caracterizou pela concentração de capitais determinando a superação das pequenas e médias empresas que foram engolidas pelos grandes conglomerados empresariais denominados de trustes e holdings. Outro fato importante iniciado nessa época foi a junção do capital das indústrias que se fundiu com o capital dos bancos formando o que se denominou de Capitalismo Financeiro.
A era dos cartéis e da “economia globalizada” estava apenas se iniciando.

(fonte: fontes: Gilberto Cotrim, Cláudio Vicentino, Luís Koshiba, Portal Supletivo Unicanto, Portal Brasil Escola) 


IMPORTANTE

DIFERENÇAS ENTRE COLONISMO E NEOCOLONIALISMO

Colonialismo europeu do século XVI:
· Aérea principal de dominação: América.
· Fase do capitalismo: Capitalismo mercantilista _ comercial.
· Patrocinadores: Burguesia comercial e Estados metropolitanos europeus.
· Objetivos econômicos: _ Garantia de mercado consumidor para a produção econômica europeia.
_ Garantia de fornecimento de produtos coloniais, como artigos tropicais e metais preciosos.
· Justificativa ideológica: Expansão da fé cristã.

Neocolonialismo do século XIX:
· Aérea principal de dominação: África e Ásia.
· Fase do capitalismo: Capitalismo financeiro e monopolista _ industrial.
· Patrocinadores: Burguesia financeiro industrial e Estados da Europa, América _ EUA, e Ásia _ Japão.
· Objetivos econômicos: _ Reserva de mercado para a produção industrial.
_ Garantia de fornecimento de matérias primas, como carvão, ferro, petróleo e metais preciosos.
_ Controle dos mercados externos para investimentos dos capitais excedentes.
· Justificativa ideológica: O homem branco tem a missão civilizadora de espalhar o progresso técnico-científico pelo mundo.


PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS DO NEOCOLONIALISMO:
1-Exploração da mão-de-obra e dizimação de populações nativas da África e Ásia.
2- Formação de blocos antagônicos entre as potências industriais (países capitalistas tradicionais Vs. países capitalistas emergentes)
3-Choque imperialista entre potências (I Guerra Mundial)


A partir da letra da música Homem Primata da banda de rock Titãs, reflita sobre as relações existente com as discurssões já realizadas.

Homem Primata (TITÃS)

Desde os primórdios até hoje em dia
O homem ainda faz o que o macaco fazia
Eu não trabalhava eu não sabia
Que o homem criava e também destruía...
Homem Primata... Capitalismo Selvagem... Oh! Oh! Oh!...
Eu aprendi a vida é um jogo
Cada um por si e Deus contra todos
Você vai morrer e não vai pr'o céu
É bom aprender a vida é cruel...
Homem Primata... Capitalismo Selvagem... Oh! Oh! Oh!...
Eu me perdi na selva de pedra
Eu me perdi, eu me perdi...
"I'm a cave man, a young man
I fight with my hands (With my hands)
I am a jungle man, a monkey man
Concrete jungle!
Concrete jungle!"


ESTUDO DIRIGIDO
(EM CONSTRUÇÃO)

 

PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL


A primeira Guerra Mundial foi um conflito em larga escala marcado pelo acirramento das tensões econômicas, políticas e sociais na Europa durante o final do século XIX e início do século XX, um choque de imperialismos. Tal fato estava diretamente relacionado à “corrida colonial (na realidade neocolonial)” provocada neste período pelas potências capitalistas.
O processo de partilha das terras afro-asiáticas ocorreu de forma desigual, favorecendo a França e a Inglaterra. A Itália e a Alemanha entrava atrasada nesse processo, devido ao fato de suas unificações terem demorado a acontecer (somente em 1870). Na realidade, quando a Alemanha e a Itália passaram a ter condições de colonizar territórios afro-asiáticos, a França e a Inglaterra já havia ocupado praticamente todo esse território. O resultado foi um cenário político de um intenso jogo de forças entre os países possuidores de grandes impérios coloniais e aqueles menos favorecidos neste sentido.

FATORES DA SITUAÇÃO CONFLITUOSA
Disputa colonial – Buscando novos mercados para a venda de seus produtos, os países industrializados entravam em choque por colônias na África e na Ásia;
Concorrência econômica – Todas as potências industriais dificultava a expansão econômica do país concorrente. (Principalmente Inglaterra X Alemanha);
Disputa nacionalista – Surgiram na Europa movimentos nacionalistas que pretendiam agrupar sob um mesmo Estado os povos de raízes culturais semelhantes. O nacionalismo exacerbado provocava um forte desejo de expansão territorial.

PRINCIPAIS MOVIMENTOS NACIONALISTAS
Pan-eslavismo, Pangermanismo e Revanchismo Francês. O Revanchismo Francês era consequência da guerra franco-prussiana em 1870, quando a França perdeu os territórios da Alsácia-Lorena (região rica em ferro e carvão) para os alemães. Esse território voltou para o domínio francês somente após o término da I Guerra Mundial.

PAZ ARMADA
Diante de todas essas situações conflituosas, a Europa passou a ser um “barril de pólvora”. Iniciou-se o período onde diante de uma eminente guerra, as principais potências iniciaram uma corrida armamentista, estimulando a produção de armas e fortalecendo seus exércitos – a paz armada.

POLÍTICA DE ALIANÇAS
Foi no cenário tenso da “paz armada” que as grandes potências firmaram tratados de alianças, no intuito de somar forças para enfrentar a potência rival. Dois blocos foram formados:
Tríplice Entente: Inglaterra, França e Rússia
Tríplice Aiança: Alemanha, Áustria e Itália.
É importante sabermos que durante a “segunda fase” da guerra (guerra de trincheiras), a Itália abandonou a Tríplice Aliança e aliou-se à Tríplice Entente. A Rússia abandona a guerra na “terceira fase” do conflito diante da Revolução Russa, e os EUA nessa mesma fase entra nos campos de batalha europeu.




DUAS GRANDES CRISES
Duas grandes crises contribuíram para a I Guerra Mundial: Crise Marroquina e Crise Balcânica.

·          Crise Marroquina
Disputa do Marrocos entre França e Alemanha. A França fica com a supremacia do Marrocos, enquanto a Alemanha fica com apenas uma pequena faixa de terra no sudoeste africano. Essa decisão foi tomada numa conferência internacional, e a Alemanha não se conforma com a decisão.
·          Crise Balcânica
Era na península Balcânica que se chocavam o nacionalismo da Sérvia e o expansionismo da Áustria. A Sérvia era aliada da Rússia e a Áustria aliada da Alemanha. Em 1908 a Áustria anexou a região da Bósnia-Herzegovina, ferindo os ideais sérvios na formação da “Grande Sérvia”. Os movimentos nacionalistas da Sérvia passaram a reagir violentamente contra esse fato ocorrido, o que levou ao incidente que ficou conhecido como o estopim para deflagrar a I Guerra Mundial.

O ESTOPIM
Dentre os grupos nacionalistas sérvios existia um chamado "Mão Negra". Fazia parte desse grupo um indivíduo chamado Gavrilo Princip, e foi ele quem assassinou Francisco Ferdinando, príncipe herdeiro do império austro-húngaro, durante sua visita a Saravejo (Bósnia-Herzegovina). O império austro-húngaro não aceitou as medidas tomadas pela Sérvia com relação ao crime e, no dia 28 de julho de 1914, declarou guerra à Servia. Abaixo, Gravilo Princip e o atentado.






 PASSOS INICIAIS DO CONFLITO


28 de julho: O Império Austro-Húngaro declara guerra à Sérvia;
29 de julho: Em apoio à Sérvia, a Rússia mobiliza seus exércitos contra o Império Austro-Húngaro e contra a Alemanha;
1º de agosto: A Alemanha declara guerra à Rússia;
3 de agosto: A Alemanha declara guerra à França. Para atingí-la, mobiliza seus exércitos e invade a Bélgica, que era um país neutro;
4 de Agosto: A Inglaterra exige que a Alemanha respeite a neutralidade da Bélgica. Como isso não ocorre, declara guerra à Alemanha.
O nome Primeira Guerra Mundial foi atribuído ao conflito de 1914 a 1918, pois essa foi a primeira guerra da qual participaram as principais potências das diversas regiões da Terra, embora o principal "cenário da guerra" tenha sido o continente europeu. 


NAÇÕES QUE SE ENVOLVERAM NO CONFLITO

Do lado da Alemanha e do Império Austro-Húngaro: Turquia (1914) e Bulgária (1915);
Do lado da França, da Inglaterra e da Rússia: Bélgica(1914), Sérvia (1914), Japão (1914), Itália (1915), Portugal (1915), Romênia (1916), Estados Unidos (1917), Brasil (1917) e Grécia (1917).


FASES DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

Primeira fase (1914-1915): Essa fase foi marcada pela imensa movimentação dos exércitos beligerantes. Ocorreu uma rápida ofensiva das forças alemãs, e várias batalhas foram travadas, principalmente em território francês, para deter esse avanço. Em setembro de 1914, uma contra-ofensiva francesa deteve o avanço alemão sobre Paris (Batalha do Marne). A partir desse momento, a luta na frente ocidental entrou num período de equilíbrio entre as forças em combate.

 Segunda Fase (1915-1916): Na frente ocidental, essa fase foi marcada pela guerra de trincheiras: os exércitos defendiam suas posições utilizando-se de uma extensa rede de trincheiras que eles próprios cavavam. Enquanto isso, na frente oriental, o exército alemão impunha sucessivas derrotas ao mal-treinado e muito mal-armado exército russo. Apesar disso, entretanto, não teve fôlego para conquistar a Rússia. Em 1915, a Itália, que até então se mantivera neutra, traiu a aliança que fizera com a Alemanha e entrou na guerra ao lado da Tríplice Entente. Ao mesmo tempo que foi se alastrando, o conflito tornou-se cada vez mais trágico. Novas armas, como o canhão de tiro rápido, o gás venenoso, o lança-chamas, o avião e o submarino, faziam um número crescente de vítimas.

Terceira fase (1917-1918): Em 1917, primeiro ano dessa nova fase, ocorreram dois fatos decisivos para o desfecho da guerra: a entrada dos Estados Unidos no conflito e a saída da Rússia. Os Estados Unidos entraram na guerra ao lado da Inglaterra e da França. Esse apoio tem uma explicação simples: os americanos tinham feitos grandes investimentos nesses países e queriam assegurar o seu retorno. Outras nações também se envolveram na guerra. Turquia e Bulgária juntaram-se à Tríplice Aliança, enquanto Japão, Portugal, Romênia, Grécia, Brasil, Canadá e Argentina colocaram-se ao lado da Entente. A saída da Rússia da guerra está relacionada à revolução socialista ocorrida em seu território no final de 1917.
A partir de julho de 1918, ingleses franceses e americanos organizaram uma grande ofensiva contra seus oponentes. Sucessivamente, a Bulgária, a Turquia e o Império Austro-Húngaro depuseram armas e abandonaram a luta. A Alemanha ficou sozinha e sem condições de resistir ao bloqueio, liderado pelos Estados Unidos, que "privaram o exército alemão, não de armamentos, mas de lubrificantes, borracha, gasolina e sobretudo víveres". Dentro da Alemanha, agravava-se a situação política. Sentindo a iminência da derrota militar, as forças políticas de oposição provocaram a abdicação do imperador Guilherme II. Imediatamente, foi proclamada a República alemã, com sede a cidade de Weimar, liderada pelo partido social democrata. Em 11 de novembro de 1918, a Alemanha assinou uma convenção de paz em condições bastante desvantajosas.

O TRATADO DE VERSALHES
No período de 1919 a 1929, realizou-se no palácio de Versalhes, na França, uma série de conferências com a participação de 27 estados nações vencedoras da Primeira Guerra Mundial. Lideradas pelos representantes dos Estados Unidos, da Inglaterra e da França, essas nações estabeleceram um conjunto de decisões, que impunham duras condições à Alemanha. Era o Tratado de Versalhes, que os alemães se viram obrigados a assinar, no dia 28 de junho de 1919. Do contrário, o território alemão poderia ser invadido. Contendo 440 artigos, o Tratado de Versalhes era uma verdadeira sentença penal de condenação à Alemanha. Estipulava, por exemplo, que a Alemanha deveria:
  • Entregar a região da Alsácia-Lorena à França
  • Ceder outras regiões à Bélgica, á Dinamarca e a Polônia
  • Entregar quase todos os seus navios mercantes à França, Inglaterra e Bélgica
  • Pagar uma enorme indenização em dinheiro aos países vencedores
  • Reduzir o poderio militar dos seus exércitos sendo proibida de possuir aviação militar.
Não demorou muito tempo para que todo esse conjunto de decisões humilhantes, impostas à Alemanha, provocasse a reação das forças políticas que no pós-guerra, se organizaram no país. Formou-se, assim, uma vontade nacional alemã, que reivindicava a revogação das duras imposições do Tratado de Versalhes. O nazismo soube explorar muito bem essa "vontade nacional alemã", gerando um clima ideológico para fomentar a Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945).
 
Alguns outros tratados também foram assinados, inclusive os que davam origem a novos países. Abaixo, países que surgiram após a Primeira Guerra Mundial:

A LIGA DAS NAÇÕES
Em 28 de abril de 1919, a Conferência de Paz de Versalhes aprovou a criação da Liga das Nações (ou Sociedade das Nações), atendendo proposta do presidente dos Estados Unidos. Sediada em Genebra, na Suíça, a Liga das Nações deu início às suas atividades em janeiro de 1920, tendo como missão agir como mediadora no caso de conflitos internacionais, procurando, assim, preservar a paz mundial. A Liga das Nações logo revelou-se uma entidade sem força política, devido à ausência das grandes potências. O Senado americano vetou a participação dos Estados Unidos na Liga, pois discordava da posição fiscalizadora dessa entidade em relação ao cumprimento dos tratados internacionais firmados no pós-guerra. A Alemanha não pertencia à Liga e a União Soviética foi excluída.

ASCENSÃO DOS EUA
A crise que a Europa herdou da Primeira Guerra Mundial veio beneficiar aos Estados Unidos, que despontaram, nos anos de pós-guerra, com uma das mais poderosas potências mundiais. Um dos grandes fatores que colaboraram para a ascensão econômica dos Estados Unidos foi a sua posição de neutralidade durante boa parte da Primeira Guerra Mundial. Assim, puderam desenvolver sua produção agrícola e industrial, fornecendo seus produtos às potências européias envolvidas no conflito. Por outro lado, enquanto as potências européias estavam compenetradas no esforço de guerra, os Estados Unidos aproveitaram-se para suprir outros mercados mundiais, na Ásia e na América Latina. Terminada a Guerra, a Europa arrasada tornou-se um grande mercado dependente de exportações americanas. Possuindo aproximadamente a metade de todo o ouro que circulava nos mercados financeiros mundiais, os Estados Unidos projetavam-se como maior potência financeira mundial do pós-guerra.

fontes: Gilberto Cotrim, Cláudio Vicentino, Portal São Francisco, Portal Brasil Escola.

fonte: historiajulia.blogspot.com

REVOLUÇÃO RUSSA

Czar Nicola II e sua família

 Rússia Czarista 

No começo do século XX a Rússia era um país de economia atrasada e dependente da agricultura, pois 80% de sua economia estava concentrada no campo. O analfabetismo chegava a 90% da população e, enquanto a nobreza ampliava suas terras e privilégios, o povo sofria com as más condições de vida, inclusive passando fome. A Rússia ainda vivia um regime político nos moldes feudais e era governada pelo Czar Nicolau II.

Os trabalhadores rurais viviam em extrema miséria e pobreza, pagando altos impostos para manter a base do sistema czarista de Nicolau II. O czar governava a Rússia de forma absolutista, ou seja, concentrava poderes em suas mãos não abrindo espaço para a democracia. Mesmo os trabalhadores urbanos, que desfrutavam os poucos empregos da fraca indústria russa, viviam descontentes com o governo do czar.

A Guerra Russo-Japonesa
Esse conflito ocorrido contra o Japão ocorreu entre 1904 e 1905. A Rússia perdeu a guerra, o que foi algo incompreensível devido a grande extensão territorial da Rússia em comparação ao Japão, e seu grandioso exército. A numerosidade de soldados do exército russo não demonstrou o poder que se era esperado. Os soldados estavam enfados e passavam fome no campo de batalha, enquanto oficiais participavam de festas e banquetes. A derrota para o Japão aumentou o clima de insatisfação do povo russo.

Domingo Sangrento
No ano de 1905, o povo vai até o Palácio de Inverno (sede do governo czarista) entregar uma carta em tom suplicante, reivindicando melhorias nas condições de vida. O povo acreditava que o Czar não tinha conhecimento do estado de miséria em que se encontravam, e esperançosos foram até seu encontro.
Nicolau II mostra a cara violenta e repressiva de seu governo e manda seu exército fuzilar milhares de manifestantes, inclusive mulheres e crianças. Esse episódio ficou conhecido como Domingo Sangrento.
Marinheiros do encouraçado Potenkim também foram reprimidos pelo czar.

Greves e revoltas estouram em várias partes da Rússia e foi então que o Czar tomou a decisão de abrandar o regime. Uma assembleia constituinte foi convocada, a conhecida DUMA.


Bolcheviques e Mencheviques
O principal partido de oposição ao Czar foi o Partido Socialdemocrata. Na realidade, esse nome era usado para camuflar os ideias comunistas que tinham seus componentes, dentre eles Lênin, Trótsky, Martov, etc.
Dentro do partido existiam duas linhas de pensamento. A primeira defendia a implantação do socialismo com a derrubada do Czar de forma imediata e violenta, eram os Bolcheviques (maioria). A segunda defendia a implantação do socialismo de forma branda e democrática, com o uso de eleições, eram os Mencheviques (minoria). Os Bolcheviques eram liderados por Lênin e os Mencheviques eram liderados por Martov.

Os sovietes
Com o abrandamento do regime, alguns conselhos formados por trabalhadores, soldados e camponeses começaram a ser organizados por Trótsky. Eram os chamados sovietes. Era uma espécie de organização de trabalhadores russos sob a liderança de Lênin. Na realidade os sovietes eram uma preparação para revolução socialista na Rússia e a queda da monarquia.
Logo que a “poeira” da revoltas e greve baixou, e tão logo se sentiu seguro, o Czar voltou a fechar o regime, prendendo milhares e matando dezenas de pessoas. Lênin e outros partidários fogem do país. Lênin se exila na Áustria.

A Rússia na Primeira Guerra Mundial
Faltava alimentos na Rússia czarista, empregos para os trabalhadores, salários dignos e democracia. Mesmo assim, Nicolau II jogou a Rússia numa guerra mundial. A princípio o povo segue o discurso patriótico e belicista, mas os gastos com a guerra e os prejuízos fizeram aumentar ainda mais a insatisfação popular com o czar. Na realidade a Rússia não estava preparada para um conflito de grande dimensão e duradouro.

O ano de 1917
Greves, manifestações estoura novamente exigindo mudanças. Ocorriam muitas vezes motins dentro do próprio exército russo. As manifestações populares pediam democracia, mais empregos, melhores salários e o fim da monarquia czarista. Em 1917, o governo de Nicolau II foi retirado do poder e assumiria Kerenski (menchevique) como governo provisório. É implantado na Rússia uma monarquia constitucional, e a burguesia estava à frente do governo. Kerenski mantem a Rússia na Primeira Guerra Mundial. Na realidade pouca coisa mudou. O regime foi aberto e os exilados políticos voltam à Rússia, dentre eles... Lênin.    (Ilustração abaixo: Kerensky e Lênin respectivamente)



 A Revolução Russa de outubro de 1917
Lênin e outros bolcheviques começam uma mobilização popular, defendendo a saída da Rússia da guerra e ganhando forças para a derrubada do governo burguês com o lema: “PAZ, TERRA E PÃO” e “TODO PODER AOS SOVIETES”.
Os bolcheviques, liderados por Lênin, organizaram uma nova revolução que ocorreu em outubro de 1917. Lênin assumiu o governo da Rússia e implantou o socialismo. As terras foram redistribuídas para os trabalhadores do campo, os bancos foram nacionalizados e as fábricas passaram para as mãos dos trabalhadores.
Lênin também retirou seu país da Primeira Guerra Mundial no ano de 1918. Foi instalado o partido único: o Partido Comunista.
Tomada do Palácio de Inverno
 Guerra Civil na Rússia
Com as insatisfações de alguns, logo começa uma guerra civil na Rússia. De um lado o Exército Branco, formado por mencheviques, burgueses e monarcas, e do outro o Exército Vermelho sob a liderança de Trótsky, para defender o comunismo. Enquanto Trótsky treinava o Exército Vermelho, Lênin cuidava da implantação do socialismo no Estado Russo.

NEP (Nova Política Econômica)
Em meio à guerra civil e à reação burguesa Lênin promulga a NEP permitindo estruturas capitalistas em pequena escala, e por isso é acusado de trair os ideais socialistas.

A criação da URSS
Em 1923 é criada a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas – URSS e no ano de 1924 morre Lênin.

Trótsky e Stálin
Com a morte de Lênin, surge dentro do Partido Comunista um conflito ideológico entre Trótsky e Stálin. Trótsky defendia a “revolução permanente” significando que a Revolução Socialista ocorrida na Rússia deveria ter continuidade em outros países até que o capitalismo fosse vencido. Stálin defendia a “revolução em um só país”, ou seja, o socialismo deveria ser primeiramente consolidado e somente depois expandido.
Stálin sai vitorioso e passa a perseguir Trótsky.
Trótsky foi exilado e em 1929 é assassinado no México por um agente secreto russo, a mando de Stálin. (Ilustração abaixo: Trótsky e Stálin respectivamente)



 CONSIDERAÇÕES SOBRE SOCIALISMO E COMUNISMO

As idéias Socialistas se fundamentaram a partir dos estudos de Karl Marx e Friedrich Engels. Esses filósofos acreditavam que somente um governo que pregasse a igualdade de direitos teria o suporte para o desenvolvimento. Contudo, o socialismo pregado por Marx nunca existiu, não conseguiu alcançar todos os benefícios do comunismo. (Ilustração abaixo: Engels e Marx)
 
Do ponto de vista político e econômico, o comunismo seria a etapa final de um sistema que visa a igualdade social e a passagem do poder político e econômico para as mãos da classe trabalhadora. Para atingir este estágio, deveria-se passar pelo socialismo, uma fase de transição onde o poder estaria nas mãos de uma burocracia, que organizaria a sociedade rumo à igualdade plena, onde os trabalhadores seriam os dirigentes e o Estado não existiria.
Enfim, o Socialismo foi uma ideologia que não deu certo, ele foi vencido pelo potencial do Capitalismo e atualmente vivemos em uma sociedade extremamente capitalista, ou seja, que visa o consumo acima de todas as circunstâncias. Talvez o regime socialista não tenha se efetivado pelo fato de não ter sido empregado corretamente, o Estado abusou da arbitrariedade e desrespeitou os direitos humanos. 

 

CRISE DO CAPITALISMO E O NEW DEAL

O maior período de crise econômica mundial ocorreu entre os anos de 1929 e 1933. Atingiu, em primeiro lugar, a economia norte-americana, espalhando-se em seguida para a Europa e os países da África, Ásia e América Latina. Mas o que caracteriza uma crise econômica? Quais as consequências da crise de 29? E quais as causas?

Uma crise econômica é, basicamente, um desequilíbrio entre produção e consumo, quase sempre localizado em setores isolados da economia. Esses desequilíbrios sempre ocorreram, mesmo antes do capitalismo, quando acontecia, por exemplo, a escassez súbita de um bem, provocada, quase sempre, por fatores naturais (secas, inundações, epidemias, etc.) ou acontecimentos sociais (guerras, revoluções, etc.).

Na história do capitalismo, as crises econômicas se caracterizam, inicialmente, pelo excesso de produção em relação à demanda (há mais produtos do que consumidores dispostos a adquiri-los). Esse excesso de produção quase sempre ocorre, primeiro, no setor de bens de capital (bens que servem para a produção de outros bens, especialmente de consumo, como, por exemplo, máquinas, equipamentos, materiais de construção, instalações industriais, etc.), para depois migrar ao setor de bens de consumo (por exemplo, automóveis, eletrodomésticos, etc.). Em consequência, há uma queda brusca na produção, falência de empresas, desemprego em massa - e a consequente redução de salários, preços e lucros. 

Processo cíclico


Essas crises fazem parte do processo cíclico que o desenvolvimento econômico segue - um processo cíclico dividido em várias fases. Imaginando que o processo de desenvolvimento tem uma linha de equilíbrio, a economia oscila, permanentemente, de um ponto abaixo dessa linha para um ponto acima.

A economia não é, portanto, uma força estática, mas, sim, um conjunto de forças em movimento, produzindo riqueza e migrando de uma fase de recuperação para outra, de expansão, quando ocorre aumento dos investimentos, há maior número de empregos e a soma dos salários aumenta, provocando o crescimento do consumo. Surge, então, uma fase de prosperidade, o que muitos chamam de boom, uma expansão rápida e abrangente da atividade econômica.

A partir desse ponto, contudo, ocorre um aumento crescente dos preços, o mercado de capitais (constituído pelas bolsas de valores e instituições financeiras - como bancos e companhias de seguros -, responsáveis pela negociação de papéis como ações e títulos diversos) se desorganiza por algum motivo, e a economia entra numa fase de contração, com as taxas de crescimento decrescendo. A atividade econômica segue, então, para um ponto abaixo da linha de equilíbrio, o desemprego retorna, a capacidade produtiva cai e os investimentos se restringem.

São, portanto, flutuações periódicas e alternadas de expansão e contração da atividade econômica (em um país ou conjunto de países), e podem ocorrer com diferentes intensidades. Podem ser curtas e de rápida recuperação - ou podem se estender por anos, gerando graves problemas sociais. Crises fazem parte da economia. Sejam pequenos solavancos ou grandes terremotos, suas causas dividem os estudiosos - e suas consequências podem ser muito diferentes, pois dependem de como os governos e o próprio mercado reagem aos fatos.

 

 Especulação, desconfiança e pânico


A crise de 1929 teve início no sistema financeiro (o segmento do sistema econômico formado pelo conjunto de instituições públicas e privadas especializadas em viabilizar a compra e venda de ações e títulos diversos), na chamada Quinta-Feira Negra, em 24 de outubro de 1929, que a história registra como um dia de pânico na Bolsa de Nova York.

Era um momento de euforia, de intensa especulação na Bolsa. Quando dizemos "especulação" nos referimos às operações financeiras que visam obter lucros com a compra e venda de papéis cujo valor oscila conforme o desempenho do mercado. Os valores desses papéis estavam em um nível elevadíssimo, despropositado, fora da realidade.

De repente, naquela quinta-feira, 70 milhões de títulos foram jogados no mercado, mas não encontraram quem os comprasse. Sem demanda pelos papéis, os preços das ações e dos títulos em negociação despencaram, gerando uma inacreditável onda de desconfiança, completamente irracional, e produzindo uma reação em cadeia sem precedentes.

A desconfiança com os acontecimentos da Bolsa espalhou-se para outros ramos da atividade econômica, atingindo a produção. Os bancos congelaram os empréstimos, as fábricas começaram a parar por falta de crédito, a renda nacional passou a cair, a demanda se retraiu ainda mais, as empresas se viram com estoques enormes, os preços dos produtos caíram vertiginosamente e os lucros despencaram.

A economia começou a ficar paralisada e, como uma bola de neve, as falências se sucederam e milhões de trabalhadores perderam os empregos.

Quando a crise atingiu proporções internacionais, o comércio mundial ficou reduzido a um terço do que era antes de 1929. No Brasil, o principal efeito da crise manifestou-se na queda vertical dos preços de café, levando o governo federal a comprar grande parte das safras e destruir 80 milhões de sacas do produto, para diminuir os estoques e tentar aumentar o preço.

Tentando proteger suas próprias economias, os países aumentaram as taxas alfandegárias, o que reduziu ainda mais o comércio internacional. E, em todas as economias, coube ao Estado instituir mecanismos para controlar a crise e reativar a produção.

 Roosevelt e o New Deal


Nos Estados Unidos, contudo, o presidente Herbert Hoover manteve-se inflexível, preferindo deixar que o próprio mercado se regulasse, auto-saneando seu desequilíbrio, uma tese defendida pelos liberais radicais, mas que provocou uma crise social sem precedentes. Só em 1933, com a eleição de Franklin Delano Roosevelt, é que se aplicou de forma contundente a intervenção do Estado na economia, por meio de um programa chamado New Deal.

O New Deal (numa tradução literal, "novo acordo") surgiu com base no pensamento do economista John Maynard Keynes, segundo o qual, em determinados períodos, o Estado deve intervir na economia, regulando-a.

Foi o que Roosevelt fez, intervindo em todo o sistema produtivo. Primeiro, criou um audacioso plano de obras públicas, com o objetivo de garantir empregos à população. Depois, controlou o sistema financeiro e desvalorizou o dólar, para favorecer as exportações. Também criou a Previdência Social, a fim de proteger os trabalhadores, e a Administração de Recuperação Nacional, com o objetivo de induzir os empresários a estabelecer entre si acordos sobre preços, salários e programas de produção, eliminando a livre concorrência.

O controle estatal também se estendeu aos investimentos, pois os lucros das aplicações em ações, títulos ou fundos começaram a ser taxados. As horas de trabalho foram diminuídas e os salários tiveram de permanecer no mesmo patamar. Foi criado um salário mínimo nacional. Ao mesmo tempo, o governo assumiu as dívidas dos pequenos proprietários e ofereceu facilidades de crédito e prêmios para fazendeiros que alcançassem as metas de produção estabelecidas pelo Estado.

Ainda que tenha sofrido severas críticas, o plano de Roosevelt fortaleceu e consolidou o sistema capitalista nos EUA. Nos anos de sua aplicação, o grande capital passou por um intenso processo de desenvolvimento e concentração, enquanto pequenas empresas eram eliminadas ou absorvidas.

 Mercado insaciável


Os estudiosos divergem em relação às causas do crash (colapso súbito e total) da Bolsa em 1929 e à crise que o sucedeu. Para alguns, a economia estava superaquecida, pois os empréstimos haviam saltado de 2 bilhões de dólares (em 1926) para quase 7 bilhões em outubro de 1929. Outros apontam para a alta dependência do consumo na economia norte-americana. E há também os que chamam a atenção para o fato de que a crise da economia teria começado bem antes do crash do mercado de ações, pois a produção da indústria já se encontrava em declínio (a produção de automóveis, por exemplo, declinara de 600 mil unidades em março de 1929 para 300 mil em outubro).

O período de 1929 a 1933 deixa uma lição: os mercados vivem crises periódicas - e se não ocorrem respostas rápidas para os problemas, essas crises tendem a se alastrar, afetando vários setores da economia e podendo alcançar um poder de destruição em massa.

REGIMES TOTALITÁRIOS (em construção)

SEGUNDA GUERRA MUNDIAL (em construção)

 

O QUE FOI?

Foi um conflito militar global envolvendo a maioria das nações do mundo – inclusive todas as grandes potências – organizadas em duas alianças militares opostas.



ONDE E QUANDO OCORREU?

Europa, Ásia e África entre 1939 – 1945.



QUAIS AS CAUSAS?

Por causa de conflitos de ideologias como comunismo, nazismo, imperialismo, fascismo etc. E rivalidades econômicas.



QUEM PARTICIPOU?

ALIADOS e EIXO

O eixo era a Alemanha, a Itália e o Japão. Os aliados eram a França, Inglaterra, EUA e outros países da Europa. (o Brasil compunha os aliados).



QUEM VENCEU?

Aliados



O INÍCIO

O marco inicial ocorreu no ano de 1939, quando o exército alemão invadiu a Polônia. De imediato, a França e a Inglaterra declararam guerra à Alemanha.






(O Sarre era um antigo território alemão que tivera suas jazidas exploradas pelos franceses, durante 15 anos, como parte das reparações de guerra estabelecidas pelo Tratado de Versalhes. / A Luftwaffe é a força aérea alemã.)


A Alemanha e a Itália deram apoio à insurreição nacionalista liderada pelo general Francisco Franco na Espanha. A União Soviética apoiou o governo existente, a República Espanhola, que apresentou tendências esquerdistas.














FINAL E CONSEQUÊNCIAS

Este importante e triste conflito terminou somente no ano de 1945 com a rendição da Alemanha e Itália. O Japão, último país a assinar o tratado de rendição, ainda sofreu um forte ataque dos Estados Unidos, que despejou bombas atômicas sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki. Uma ação desnecessária que provocou a morte de milhares de cidadãos japoneses inocentes, deixando um rastro de destruição nestas cidades.

CONSEQUÊNCIAS:

1-Esmagamento do Império alemão, italiano e japonês

2- Enfraquecimento do imperialismo francês e britânico

3-Ascensão dos Estados Unidos como potência imperialista hegemônica no mundo

4-Ascensão da URSS como potência militar dominante na Europa Oriental

5-Ascensão dos movimentos de libertação nacional nos países explorados pelo colonialismo

europeu

6-A redefinição da ordem mundial em favor das superpotências

7-Um declínio da influência política, econômica e mesmo cultural da Europa.

8-A fundação da ONU, a Organização das Nações Unidas.

9-Guerra Fria



COMO FICOU O MUNDO NO PÓS-GUERRA?

O mundo do pós-guerra é chamado mundo bipolarizado, a conhecida guerra fria entre EUA e URSS.



O QUE DEVEMOS LEMBRAR

·         O "Dia D",

·         O ataque a Pearl Harbor. Tinha como objetivo atrasar a capacidade de resposta dos americanos diante dos conflitos no Pacífico. Assim os japoneses teriam tempo para fortalecer as sua área de influência e conseguir a médio prazo uma paz vantajosa.

·         As bombas atômicas sobre o Japão

·         Holocausto



PORQUE O BRASIL ENTROU NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL?

·         Pela pressão exercida pelos EUA para que o Brasil entrasse na guerra, do lado dos aliados. Se a escolha do lado fosse por semelhança política e ideológica, o Brasil iria entrar do lado do eixo, já que Getúlio era facista.

·         Ao perceber que o nordeste brasileiro servia de base militar para os aliados, o EIXO chegou à conclusão de que a neutralidade no Brasil era apenas camuflagem e começou a bombardear os navios mercantes brasileiros, o que resultou na declaração de guerra por parte do Brasil.

 

 

GUERRA FRIA (em construção)

DESCOLONIZAÇÃO: ÁFRICA E ÁSIA (em construção)

CRISE DO SOCIALISMO AUTORITÁRIO (em construção)

A NOVA ORDEM MUNDIAL - GLOBALIZAÇÃO (em construção)