BOAS-VINDAS

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Idade Moderna

ESTADO MODERNO (em construção)

FORTALECIMENTO DO PODER DOS REIS (em construção)

RENASCIMENTO E HUMANISMO(em construção)

REFORMA E CONTRAREFORMA (em construção)

MERCANTILISMO E SISTEMA COLONIAL - As grandes navegações (em construção)

EXPANSÃO EUROPÉIAS E CONQUISTA DA AMÉRICA (em construção)

 

REVOLUÇÃO INGLESA

No século XVI a monarquia inglesa era absolutista. Seus governantes tinham enorme poder centralizado em suas mãos. Começamos os relatos da Revolução Inglesa a partir do governo da rainha Elizabeth I.

ELIZABETH I (1558-1603)
A Inglaterra torna-se uma grande potência econômica e naval através do incentivo ao comércio e à manufatura e à associação a corsários por parte da rainha. (Corsários: piratas que tinham licença real para a prática da pirataria. Essa licença era concedida através da carta de corso). Observamos em seu governo três pontos relevantes: prática agressiva da política mercantilista; construção de poderosa frota; exploração de colônias americanas.
A burguesia, a pequena nobreza (gentry) e os pequenos proprietários rurais (yeomen) começavam a enriquecer. A Gentry e os yeomen dedicavam-se à agricultura comercial produzindo e exportando lã e alimentos. Para criar ovelhas (e extrair a lã), eles cercavam seus domínios, expulsando as famílias de camponeses que lá viviam. A essa prática deu-se o nome de cercamentos. Com os cercamentos, as terras comunais (terras de uso em comum nos feudos) passaram a pertencer a uns poucos proprietários. Sem terra, os camponeses terminavam por parar nas cidades, oferecendo-se para um trabalho com baixíssimos salários.
Com a morte da rainha Elizabeth I, seu primo e rei da Escócia Jaime I, assume o trono e unifica os dois reinos, dando início à dinastia de Stuart.

JAIME I (1603-1625)
Foi um governo cheio de conflitos no campo social, político e religioso. O rei aumentava e criava novos impostos e chegou a fechar o parlamento pelo fato da maioria não concordar com suas ações. Na realidade o cenário era desfavorável ao rei pelo fato das boas condições de mercado que enriquecia a burguesia, enquanto o ele, a nobreza e a Igreja entravam em crise. Considerando-se rei por direito divino tentou impor o anglicanismo a todos os súditos e logo entrou em choque com o parlamento (composto por anglicanos e protestantes puritanos). No anglicanismo o chefe da igreja é o próprio rei, e além dele, faziam parte a alta nobreza, que compunham a Câmara dos Lordes no parlamento. É uma religião que segue os moldes do catolicismo (ritos), agrupando doutrinas calvinistas. O puritanismo é uma doutrina protestante calvinista que defende que a igreja deve ser independente do Estado. Faziam parte dele a burguesia e a gentry, que compunham a Câmara dos Comuns no parlamento.
QUE REI SOU EU?
CERCAMENTOS – Com os cercamentos a aristocracia se “aburguesou”, e se sobrepôs ao rei, fragilizando dessa forma seu governo.
PARLAMENTO – O absolutismo inglês tinham frágeis bases legais, na medida em que a Magna Carta limitava o poder real, colocando-o a reboque das elites inglesas do parlamento.
RELIGIÃO – Os stuart buscando reverter a subordinação, acentuam os aspectos católicos do anglicanismo, o que gera reação de representantes da burguesia que defende os aspectos calvinistas da doutrina anglicana.

A GUERRA CIVIL – REVOLUÇÃO PURITANA
Diante do aumento desses desentendimentos, em 1640 no governo de CARLOS I (1625-1648), sucessor de Jaime I, desencadeou-se uma guerra civil na Inglaterra, que se caracterizou como uma verdadeira revolução burguesa. De um lado “os cavaleiros”, partidários ao rei; de outro, os “cabeças redondas”, partidários do parlamento, foco da reação puritana e burguesa contra a monarquia absolutista.
Liderados por Oliver Cromwell, um destacado membro da “Câmara do Comuns” no zelo da religião protestante, as tropas do parlamento obtiveram diversas vitórias, levando à queda do rei, posteriormente condenado à morte por decapitação.

A REPÚBLICA DE OLIVER CROMWELL
Agora no poder Cromwell proclama a república e passa a ter poderes ditatoriais garantidos pelo exército, chegando a invadir o parlamento e dispersar os membros que se opunham ao seu centralismo. Institui os Atos de Navegação - leis que protegiam os comerciantes ingleses e estimulavam a construção naval, visando enfrentar a poderosa concorrência holandesa. Ocorre uma guerra entre os dois países, a Holanda é derrotada e a Inglaterra passa a dominar o comércio dos mares.
Após a morte de Cromwell, em 1658, o país passou por uma grande instabilidade. Seu filho Richard Cromweel não consegue conter manifestações monárquicas e antipuritanas, o que possibilitou a restauração da monarquia Stuart, após sua renúncia.

A RESTAURAÇÃO DOS STUART
A restauração aconteceu da seguinte maneira: após a renúncia de Richard, começou uma disputa pelo poder entre os generais. Um deles, o general Monck se sobrepôs sobre os outros e fez eleger um novo parlamento e em seguida chamou Carlos II, filho de Carlos I, para assumir o trono, reinado que ocorreu sem incidentes, apesar de tentar trazer de volta o absolutismo, sem sucesso.

REVOLUÇÃO GLORIOSA
Guilherme de Orange
O sucessor de Carlos II foi seu irmão Jaime II, que acreditava que a volta da monarquia tinha aberto o caminho para o retorno do absolutismo. Algumas de suas ações (como o de pedir ajuda a Luís XIV para reestabelecer o absolutismo na Inglaterra), levantou contra si a burguesia, que através do parlamento o retirou do poder. Tal operação política efetuada com firmeza e precisão, sem derramamento de sangue os ingleses denominaram de Revolução Gloriosa. (Obs.: o rei abandonou o trono antes que as tropas do parlamento chegasse até a sede do governo).
Evitando uma nova experiência republicana, o parlamento chama Guilherme de Orange, soberano holandês, casado com a filha do rei deposto, para assumir o trono. Antes de ser coroado, ele teve que assinar a Declaração dos Direitos – documento redigido pelo parlamento que consagrava a supremacia parlamentar (e que ainda hoje é vigente). Concluía-se assim a revolução burguesa no Reino Unido.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Chegava ao fim a revolução inglesa. A Inglaterra deixava de ser uma monarquia absolutista e tornava-se uma monarquia parlamentar. O parlamento passava a governar de fato. Os ingleses deixavam de ser apenas súditos do rei e passavam a ser cidadãos, com direitos e deveres.
Algumas medidas foram tomadas que favoreceram o desenvolvimento das manufaturas, das empresas rurais e da indústria naval, o que veio a contribuir para a liderança econômica e política da burguesia inglesa nos séculos seguintes.
Essa revolução influenciou outras revoluções que lutaram contra o absolutismo, como a Revolução Francesa.

(fonte: Cláudio Vicentino, Luiz Koshiba, Gilberto Coltrin)

ESTUDO DIRIGIDO

1.Quais os pontos relevantes do governo da rainha Elizabeth I na Inglaterra?

2.Explique o que foram os “cercamentos”.

3.Durante o governo de Jaime I o parlamento chegou a ser fechado pelo mesmo. Por que isso aconteceu?

4.Explique a formação do parlamento num ponto de vista religioso.

5.Quais fatores fragilizaram o Estado inglês favorecendo a revolução?

6.O que foi a Revolução Puritana e a participação de Oliver Cromwell?

7.De que forma a Inglaterra conquistou o domínio do comércio nos mares?

8.De que forma a Dinastia dos Stuart foi restaurada?

9.O que foi a Revolução Gloriosa?

10.Qual a diferença entre monarquia absolutista e monarquia parlamentar?

 

I REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

 A Revolução Industrial foi um conjunto de mudanças profundas, iniciadas por volta de 1760, no modo de os seres humanos viverem, relacionarem-se e produzirem mercadorias. Antes da Revolução Industrial, as formas de produção predominantes nas cidades europeias eram o artesanato e a manufatura.


 DO ARTESANATO À MAQUINOFATURA

ARTESANATO. As tarefas eram feitas geralmente pela mesma pessoa. O artesão era o dono da matéria-prima e das ferramentas e conhecia todas as fases da produção, a oficina ficava no cômodo de sua casa.

MANUFATURA. No Séc. XV, os homens de negócio passaram a reunir trabalhadores em grandes galpões, fornecendo a eles a matéria-prima necessária e remunerando seu serviço. A oficina e as ferramentas pertencem ao capitalista e ocorre uma divisão do trabalho.

MAQUINOFATURA. Com a criação das máquinas industriais, ocorrem mudanças profundas. Cada uma dessas máquinas substitui diversas ferramentas e realiza o trabalho de várias pessoas, que foram deixando de trabalhar em casa ou oficinas, e passaram a trabalhar em fábricas, para um patrão, em troca de um salário.



O PIONEIRISMO INGLÊS

Foi na Inglaterra que se desenvolveram as primeira máquinas, e por isso dizemos que foi lá que ocorreu a primeira revolução industrial. Alguns fatores favoreceram o pioneirismo inglês nessa revolução:

·Capital acumulado (pirataria e comércio internacional);

·Mão de obra farta e barata (lembram que os camponeses foram obrigados a sair de suas terras por causa dos cercamentos?)

·Estabilidade política (lembra da Revolução Gloriosa, onde ficou estabelecido um modelo administrativo?)

·Matérias-Primas para a produção (ricas minas de carvão e ferro)

·A força do Puritanismo (lembra que eles não condenavam o lucro e pregavam uma vida disciplinada voltada para o trabalho e oração?)



AS MÁQUINAS

A primeira indústria a utilizar máquinas foi a de tecidos de algodão, por que havia procura por esse tecido em todo o mundo. Procurando oferecer um tecido com preço abaixo do que já estava sendo vendido pelos EUA e pelo Brasil, e com uma melhor qualidade, os capitalistas ingleses começaram a oferecer prêmios a quem inventasse uma máquina de fiar e tecer.

Máquinas de madeira foram inventadas, mas logo que o vapor começou a ser utilizado, era necessária a existência de um material mais resistente, foi então que a metalurgia foi aperfeiçoada e aos poucos as máquinas passaram a ser feitas de ferro. Nesse período foram criados o barco e a locomotiva a vapor, revolucionando os meios de transportes no século XIX.



IMPORTANTE

·A Revolução Industrial contribuiu para a consolidação do capitalismo – modo de produzir mercadorias que se baseia no trabalho assalariado e na busca do lucro;

·Formaram-se dois novos grupos sociais: a burguesia industrial (donos da matéria-prima, das máquinas e das fábricas) e o operariado (que trocava sua força de trabalho por um salário);

·Ocorreu uma divisão muito maior do trabalho e com isso aumentou a produtividade;

·O trabalhador perdeu o conhecimento do processo de produção como um todo.



A VIDA NAS FÁBRICAS

O ambiente de trabalho nas fábricas era sujo, sem ventilação adequada e escuro. Não tinham refeitórios e banheiros. O trabalho era repetitivo e as jornadas eram muito longas. Crianças, homens e mulheres trabalhavam de 14 a 18 horas por dia, parando apenas para as refeições. Eram comuns as ameaças e castigos no trabalho. Alguns eram multados por faltas irrelevantes, como: estar sujo, assobiar ou cochichar no trabalho. Crianças a partir de 6 anos de idade e mulheres eram a mão de obra preferida dos empregadores, pois seus salários correspondiam um terço do salário de um homem.



A VIDA FORA DAS FÁBRICAS

A casa dos operários geralmente era apenas um cômodo que servia pra tudo. O banheiro ficava do lado de fora e era compartilhado com outras famílias. Nos bairros operários a ruas não eram calçadas e o esgoto corria a céu aberto favorecendo o aparecimento de doenças. Já os donos das fábricas levavam uma vida de luxo e conforto.

Essa realidade reproduziu-se em todos os centros urbanos  dos países nos quais a Revolução Industrial se propagou, como Bélgica, França, EUA, etc.



A LUTA DOS TRABALHADORES

Os operários não aceitaram passivamente as péssimas condições de trabalho nas fábricas. Alguns movimentos começaram a surgir:

Ludismo: Movimento liderado por Ned Ludd. Luta por melhores salários e condições de vida. Os operários quebravam as máquinas para protestar, e acreditavam que elas eram as culpadas pelos baixos salários e falta de emprego. O governo inglês reprimiu violentamente o movimento, enforcando 13 de seus líderes.

Associações operárias: Surgiram a partir da associação de operários dos países europeus que estavam se industrializando. Passaram a organizar greve e passeatas lutando pela redução da carga horária de trabalho, a redução dos castigos físicos nas fábricas e aumento de salários. Deram origem aos sindicatos.

Uma das lutas dos trabalhadores era pela participação política, obtendo o direito de votar e ser votado.

Após muitos anos de luta e sangue derramado, os governos dos países industrializados instituíram leis trabalhistas garantindo:

·         A redução da jornada de trabalho;

·         Regulamentando o trabalho da mulher;

·         Proibindo o trabalho infantil;

·         Instituindo o salário mínimo

·         E o descanso semanal remunerado.

ESTUDO DIRIGIDO

1.  O que foi a Revolução Industrial?
2.  De que forma ocorreram as transformações no modo de produção a partir da Revolução Industrial?
3.  Por que a Inglaterra foi a pioneira na Revolução Industrial?
4.  De que forma a mudança nas fontes de energia influenciou a evolução das máquinas?
5.  De que forma a Revolução Industrial contribuiu na consolidação do capitalismo?
6.  Que grupos sociais foram formados a partir da Revolução Industrial?
7.  O que foi a divisão do trabalho e quais consequências podemos citar?
8.  Como eram a rotina dos trabalhadores dentro e fora das fábricas?
9.  Quais movimentos de resistência surgiram entre os trabalhadores a partir da Revolução Industrial?
10. Que garantias foram adquiridas pelos trabalhadores a partir dos seus movimentos de resistência?

 

ILUMINISMO

O termo ILUMINISMO nasceu a partir da crença de muitos pensadores que viveram nos séculos XVII e XVIII, que acreditavam que a razão poderia iluminar o mundo. Nesse sentido, iluminar significa “explicar”, “fazer compreender”, “abrir a mente a novas ideias”. Esses pensadores foram chamados de iluministas e o movimento foi chamado de iluminismo ou filosofia das luzes.
O Antigo Regime, ou Absolutismo, fazia parte do cenário europeu onde muitos desses pensadores estavam inseridos. O rei, a nobreza e o clero eram detentores do poder e conhecimento e, as pessoas não podiam dizer livremente o que pensavam. Os iluministas opunham-se a essa situação sendo contrários ao autoritarismo do rei, os privilégios da nobreza e do clero, à intolerância religiosa e à falta de liberdade de expressão.
Para os iluministas, a maioria das pessoas estavam mergulhadas na superstição, na ignorância e no fanatismo religioso e, somente através da razão os homens poderiam alcançar o esclarecimento, à luz. Achavam que os homens deviam duvidar de tudo, questionando tudo o que era propagado pela Igreja Católica e pelas autoridades. Todo novo conhecimento devia ser aberto à crítica.
Um traço marcante dos iluministas era o otimismo. Acreditavam que ao se espalhar entre os homens, a razão conduziria ao progresso. Com passar do tempo, a ignorância, fruto da irracionalidade, desapareceria e teríamos uma humanidade esclarecida, ou seja, o progresso estava condicionado à razão.
Da noção iluminista de progresso nasce a ideia de civilização. Para os iluministas, civilização era o que os europeus haviam criado e, todos os outros povos deveriam evoluir do estágio primitivo em que se encontravam para o da civilização.
Os pensadores iluministas dedicaram-se a ciência, filosofia, literatura e muitas outras áreas do conhecimento. Alguns dos mais conhecidos foram Lock, Voltaire, Montesquieu e Rousseau. Parte dos iluministas eram materialistas, mas a maioria acreditava em Deus e o considerava a “razão suprema”.

ALGUNS PENSADORES ILUMINISTAS

  JOHN LOCK E O LIBERALISMO POLÍTICO. Este inglês dizia que todos os homens já nascem com direitos naturais, que são: direito à vida, à liberdade e à propriedade. O governo garantiria os direitos naturais e, o povo tinha o direito de se revoltar contra o um governo que desrespeitasse esses direitos.

 VOLTAIRE E A LIBERDADE DE EXPRESSÃO. Este francês ficou conhecido pela defesa de liberdade de expressão. É dele a conhecida frase: “posso não concordar com nenhuma palavra do que você disse, mas defenderei até a morte o direito de dizê-lo”. Voltaire escreveu a obra “Cartas Inglesas”, obra na qual elogia a liberdade de pensamento e de religião.

 MONTESQUIEU E A AUTONOMIA DOS PODERES. Dono da obra “O espírito das leis”, este francês dizia que “qualquer pessoas que tenha o poder tenderá a abusar deles”. Para evitar que o poder se concentrasse nas mãos de uma só pessoa, propôs a divisão do governo em três poderes: Executivo (administra o país e executa as leis), Legislativo (elabora e aprova as leis) e Judiciário (fiscaliza o cumprimento das leis e julga os conflitos).

 ROUSSEAU E O CONTROLE SOCIAL. O suíço Jean-Jacques Rousseau é dono da obra “O contrato Social”, que defende a ideia de que o povo é soberano e que deve sempre prevalecer a vontade da maioria. Assim, se o governo escolhido pelo povo não o estiver representando, o povo não só pode, como deve destituí-lo. Suas ideias influenciaram vários movimentos revolucionários, como a Revolução Francesa que resumiu o pensamento social de Rousseau em três palavras: Liberdade, Igualdade e Fraternidade, que juntas compuseram o lema da Revolução Francesa.
Rousseau acreditava que o “homem nasce bom; é a sociedade que o corrompe”.

A ENCICLOPÉDIA DOS ILUMINSTAS. Em meados do século XVIII, foi publicada na França uma obra chamada Enciclopédia, composta por 35 volumes e, passou 21 anos para ser editada. A ideia era reunir em uma só obra todo o conhecimento produzido pela humanidade até então. O filósofo Diderot e o matemático D’Alembert coordenaram a edição. Foi um sucesso de vendas e chegou a ser proibida e retirada de circulação pelo governo francês, por fazer sérias críticas aos reis absolutistas e à Igreja.

ADAM SMITH E O LIBERALISMO ECONÔMICO. Para Adam Smith, a única fonte de riqueza é o trabalho. Defendia o liberalismo econômico, ou seja, o livre comércio entre as nações. Por defender a livre concorrência entre as nações, ele ficou conhecido como o “pai do liberalismo econômico”.

A DIVULGAÇÃO DAS IDÉIAS ILUMINISTAS
Panfletos, livretos e jornais clandestinos, eram os meios de propagação das ideias iluministas. Os autores dessas divulgações eram grandes oradores que querendo ganhar dinheiro, simplificavam e resumiam as ideias dos iluministas em bares, restaurantes e praças públicas.

OS DÉSPOTAS ESCLARECIDOS (déspota: senhor absoluto)
Frederico II
Os déspotas esclarecidos eram reis absolutistas europeus que passaram a usar as ideias iluministas para combater as críticas a seu governo e aumentar seu prestígio, poder e fama. Um exemplo é Frederico II, da Prússia, que aboliu as terríveis torturas aplicadas aos presos em seu país, fundou muitas escolas de ensino fundamental e incentivou a produção de muitas obras científicas, literárias e filosóficas.
Catarina II
Catarina II, governante da Rússia mandou construir escolas, fundou hospitais e combateu a corrupção entre os funcionários civis e religiosos.
Marquês de Pombal
Marquês de Pombal era ministro do reino de Portugal e, enquanto esteve no poder, governou como um déspota esclarecido. Modernizou o exército, incentivou o comércio e fez de tudo para tirar o ensino das mãos dos religiosos, expulsando os jesuítas de Portugal e de suas colônias, o que, entretanto, significou um retrocesso para o ensino no Brasil.

 

A FORMAÇÃO DOS ESTADOS UNIDOS

 Primeiramente é necessário sabermos que a América do Norte foi ocupada por ingleses, e essa ocupação foi marcada por intensos conflitos entre os ingleses e os povos indígenas da região. Esse cenário fez com que o número de indígenas caísse de 10 milhões do século XVI para, 2,8 milhões em nossos dias. No início do século XVII duas companhias receberam autorização do governo inglês para empreender a colonização da América do Norte. Ofereciam terras férteis àqueles que se interessassem. Vieram para a América do Norte desocupados, aventureiros, camponeses sem terras e mulheres pobres (vendidas como esposa aos colonos). A colonização da América do Norte se fez também com grupos protestantes (puritanos, batistas, presbiterianos, anglicanos e outros) que fugiam da Inglaterra devido à perseguição política religiosa movida pelo governo inglês. Para a América do Norte foram também franceses, holandeses, escoceses, irlandeses e alemães. Esses grupos juntos fizeram as treze colônias.


 AS TREZE COLÔNIAS

Todos esses grupos juntos formaram as “Treze Colônias da América do Norte”. Essas “Treze Colônias” foram divindades em:

·         Colônias do norte ou Nova Inglaterra

·         Colônias do Centro

·         Colônias do Sul

 ECONOMIA E POLÍTICA COLONIAL

Colônias do Centro-Norte: desenvolveram-se com base na pequena propriedade e na policultura. Consumo interno e trabalho livre. Em relação à Inglaterra, essas colônias se desenvolviam com independência econômica e financeira.

Colônias do Sul: desenvolveram-se com base na grande propriedade e no plantation, onde se explorava um só produto destinado ao mercado externo. Era escravista. Evoluía mantendo estreita dependência em relação à Inglaterra.



Politicamente as “Treze Colônias” eram autônomas desde o início, ou seja, cada uma tinha sua assembleia que elaborava e votava as leis, orçamentos e administração de impostos. Essa autonomia fazia com eles compreendessem sua capacidade de resistência e organização na luta contra a Inglaterra.

      INÍCIO DOS CONFLITOS COM A INGLATERRA
     No século XVII, primeiro século da colonização da América do Norte, a Inglaterra deu pouca atenção as “Treze Colônias” e quase não interferiu na sua administração, porém, no século seguinte começou a mudar. Após a Guerra dos Sete Anos, embora tenha saído vitoriosa, a Inglaterra sofreu um abalo na sua economia e, para recuperar-se, passou a oprimir os norte-americanos.
A OPRESSÃO INGLESA

Após a Guerra dos Sete Anos, a Inglaterra criou uma série de leis prejudiciais aos colonos americanos. Dentre elas podemos citar:

Lei do Açúcar: aumentava os impostos que os colonos deviam pagar nos portos, sobre o melaço, vinho, café, seda e linho. Obrigava os colonos comprar o melaço das Antilhas Inglesas (antes as colonos compravam de quem vendia mais barato – Antilhas francesas ou as holandesas).

Lei do Selo: Estabelecia que documentos e informativos deveriam ter um selo comprado do governo inglês. Os colonos reagiram invadindo agências postais e queimando maços de selos.

Lei do Chá: a Inglaterra entregou à Companhia das Índias Orientais, sediada em Londres, o controle sobre a venda do chá para as “Treze Colônias”. Disfarçados de índios, alguns colonos invadiram três navios ingleses nos porto de Boston e atiraram o chá ao mar.

Leis Intoleráveis: Em represália a Inglaterra decretou um conjunto de leis que os americanos consideraram intoleráveis. São elas:

·         O fechamento do porto de Boston até que os colonos pagassem os prejuízos;

·         A ocupação de Massachusetts pelo Exército inglês;

·         O julgamento dos colonos rebelados pelos tribunais ingleses.



O MOVIMENTO DE INDEPENDÊNCIA

Os representantes das colônias organizaram o Primeiro Congresso Continental da Filadélfia, no qual escreveram ao rei e ao Parlamento da Inglaterra um protesto contra as Leis Intoleráveis. Em resposta o governo inglês ordenou a destruição de um depósito de armas dos colonos, estes reagiram e teve a primeira guerra pela independência. Os representantes das colônias então organizaram o Segundo Congresso Continental da Filadélfia, onde decidiram pela separação, convocou os cidadãos às armas e nomeou George Washington comandante das tropas norte-americanas. Em 4 de julho de 1776 ficou pronta a Declaração de Independência, cujo principal autor foi Thomas Jefferson.
Thomas Jefferson
 A guerra dos “patriotas” contra os “jaquetas-vermelhas” foi difícil e estendeu-se por cerca de seis anos. Depois de algumas vitórias em os colonos atraíram o apoio da França, Espanha e Holanda (antigas rivais da Inglaterra), que passaram a ajudar os colonos com armas, soldados e dinheiro.
 Com a ajuda dos franceses os colonos conseguiram vencer a luta; em 1783, pelo Tratado de Versalhes, a Inglaterra reconhecia a independência das Treze Colônias – era o primeiro país da América a tornar-se independente.



A CONSTITUIÇÃO DOS ESTADOS UNIDOS

Agora livre, era hora de organizar o novo país. A Constituição dos Estados Unidos ficou pronta em setembro de 1787 e é a mesma até hoje. Seguindo a teoria de Montesquieu, ficaram divididos em Executivo, Legislativo e Judiciário. A chefia do Executivo cabia ao presidente da República, eleito de forma indireta (atualmente 538 delegados eleitos pelo povo, elegem o presidente). O poder Legislativo é exercido pelo Congresso, composto por duas câmaras: a Câmara dos Representantes e o Senado. O Judiciário é chefiado pela Suprema Corte.



CIDADANIA LIMITADA

As garantias de cidadania não alcançaram todos os americanos. Os índios continuaram a perder suas terras para os agricultores, criadores de gado e comerciantes de pele. Os descendentes africanos ainda continuaram como escravo por mais de 75 anos. As mulheres não ganhariam direito a voto.

Na realidade a cidadania alcançava somente os homens adultos e brancos que possuíssem certa renda. A maioria do povo teria de lutar muito tempo ainda para conquistar a cidadania plena.



REPERCUSSÕES DA INDEPENDÊNCIA

A independência dos EUA serviu de exemplo para outros países da América. Os norte-americanos provaram que os princípios iluministas podiam ser postos em prática e que era possível conquistar a soberania popular, o fim do absolutismo e liberdade do comércio. Os soldados franceses voltaram ao seu país com ideais de liberdade e república. Os franceses que também viviam oprimidos por um rei absolutista, começaram a ver nos Estados Unidos um modelo a seguir.



Bibliografia: HISTÓRIA, SOCIEDADE & CIDADANIA. Alfredo Boulos Júnior

INFORMAÇÕES ADICIONAIS
Como ocorre o processo eleitoral?

O processo eleitoral norte-americano é um pouco mais complexo do que o brasileiro. Todo político que tem intenção de tornar-se presidente primeiramente organiza um comitê exploratório antes das eleições, cuja finalidade é testar suas chances e arrecadar fundos para sua campanha. Após tais realizações, ele deve declarar formalmente sua candidatura à indicação de seu partido. Geralmente, há muitos
candidatos que disputam a indicação partidária para concorrer à Presidência, sendo o Partido Republicano e o Democrata os principais quando se fala em política norte-americana.

As chamadas eleições primárias, que é a disputa entre candidatos de um mesmo partido, costumam ocorrer entre os meses de janeiro e junho. Eleitores em cada um dos Estados norte-americanos elegem os delegados partidários, alguns deles preferem escolher seus delegados através de uma prévia (sistema de reuniões políticas). Muitos candidatos tornam-se praticamente imbatíveis após vencer um número significativo de primárias, não necessitando do resultado das disputas nos últimos Estados. As convenções partidárias nacionais, realizadas um pouco antes da eleição presidencial, são usadas para indicar formalmente o
candidato escolhido pelo partido para concorrer à Presidência. São os delegados partidários que escolhem os indicados durante as primárias e será o candidato que disputará a eleição que irá escolher o vice para sua chapa.
A eleição presidencial ocorre sempre na primeira terça-feira de novembro do ano eletivo. Ao contrário do Brasil, os eleitores não participam de uma eleição direta, eles são responsáveis pela escolha dos “eleitores” que formam um Colégio Eleitoral. O número de “eleitores” por Estado é determinado pelo tamanho de sua população. Na maioria dos Estados, o vencedor do voto popular leva todos os votos do Colégio Eleitoral daquele Estado. Deviso a esse sistema, um candidato pode vencer sem ter o maior número de votos populares em âmbito nacional.


Por Eliene Percília
Equipe Brasil Escola


 DE 1789 A 2011, OS ESTADOS UNIDOS TEVE 43 PRESIDENTE DA REPÚBLICA
1789-1797
2009-atualidade

Galeria de fotos dos presidente: http://pt.wikipedia.org/wiki/Elei%C3%A7%C3%B5es_presidenciais_nos_Estados_Unidos

ESTADO MODERNO (em construção)